Um relatório que critica os investimentos brasileiros em exploração e produção de petróleo veio se somar ao bombardeio por que passa o segmento desde a mudança nos contratos do pré-sal. Segundo a ONG World Resources Institue (WRI), mais de 70% dos investimentos previstos para o setor de energia no país entre 2013 e 2022 devem ser feitos em fontes com altas emissões de gases de efeito estufa.
Esse percentual é quase todo relacionado à área petrolífera. Na expansão da energia elétrica, quase 90% dos recursos nos próximos dez anos serão aplicados em fontes renováveis. Assim, indiretamente, o que está sendo criticado é o investimento em produção de óleo e gás.
O relatório Oportunidades e Desafios para Aumentar Sinergias entre as Políticas Climáticas e Energéticas no Brasil, divulgado nesta segunda-feira, diz: “Em contraste com muitas das maiores economias emergentes, a matriz energética do Brasil está se tornando mais intensiva em carbono, não menos, por causa do aumento da dependência de combustíveis fósseis”.
A análise foi feita a partir das informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética. O investimento em geração de energia por meio de fontes limpas é outro ponto abordado pelo relatório. O destaque é para geração solar e eólica, deixando de incluir a produção hidrelétrica – outro desvio comum em ONGs do setor ambiental.
Fonte: Monitor Mercantil
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