O estaleiro Renave, que opera em duas ilhas, Santa Cruz e Viana, estima investir, ao longo dos próximos cinco anos, cerca de US$ 10 milhões. Os recursos serão utilizados em modernização e compra de equipamentos uma vez que o estaleiro pretende voltar a construir embarcações do tipo supply vessel. Além disso, o estaleiro já fechou com a empresa De Lima a construção de três embarcações do tipo bunker, de 2.500 toneladas, que irão operar para a Petrobras. A De Lima ainda tem a encomendas de mais duas embarcações de 18 mil toneladas, que também poderão ser construídas pelo estaleiro. Todas essas embarcações irão operar para a Petrobras, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL seu diretor, José Rebelo III, diretor, durante a Niterói Naval Offshore (NNO), para quem o foco atual do estaleiro continua sendo o reparo naval. Os contratos entre a Renave e a De Lima giram em torno de R$ 60 milhões.
Rebelo fez questão de ressaltar que a NNO é um palco perfeito para divulgar o complexo Renave, ou seja, que são todas as atividades desempenhadas nas ilhas de propriedade do estaleiro. "Temos empresas estabelecidas na Ilha, como a De Lima, que é uma empresa da família e da qual eu também sou diretor, e que trabalha com a Petrobras. Tem encomendas de cinco embarcações em carteira que vão operar para estatal no programa Empresa Brasileira de Navegação. A De Lima está estabelecida na Ilha de Viana", disse, acrescentando que a ETP também faz parte do complexo Renave, onde está construindo embarcações do tipo suplly vessel para diversos clientes. Também temos a empresa Carbogas, que se estabeleceu recentemente na ilha para fazer o armazenamento de bobinas. Também temos a Carboflex, que irá fazer uma planta de fluídos e que também vai operar para a Petrobras. "Estes são os negócios que estão girando nas Ilhas".
O diretor da Renave fez questão de frisar que o foco do estaleiro no evento é divulgar as opções de negócios para que todos possam ver o potencial do complexo Renave que, segundo ele, é "muito bem localizado o Estado do Rio, no berço da indústria naval brasileira". E, no que diz respeito a reparo, disse que o estaleiro faz para diversos clientes, incluindo a Petrobras. No entanto, no que se refere ao faturamento, explicou que a atividade da Renave é o estaleiro, mas, se for à atividade do complexo, é preciso colocar as receitas advindas de negócios de arrendamento de área de movimentação de carga para as empresas que estão estabelecidas nas ilhas. Só o reparo, diz, responde por cerca de 90% do faturamento.
"Como já disse, temos a intenção de voltar a construir, mas passa por uma revisão de nossa infra-estrutura para construção de embarcações competitivas com o mercado externo. É preciso pensar no lay out de construção, compra de equipamentos, entre outros. Estamos fazendo investimentos graduais para que a empresa. Com os navios da De Lima, conseqüentemente estaremos capacitados para outros clientes. Temos que dar o primeiro passo", salientou, informando que a parceira com a De Lima é perfeita, uma vez que ela (De Lima) busca os contratos e a Renave constrói as embarcações.
Fonte: Monitor MercantilMarcelo Bernardes
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