DO RIO - Apesar da estimativa de reservatórios entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris para os campo do pré-sal de Tupi e de Iracema, a Petrobras vai "incorporar gradualmente" esse volume potencial a suas reservas provadas (certificadas e que servem de referência ao mercado).
Na sexta-feira, só um percentual do total previsto inicialmente será divulgado.
Trata-se da data-limite para a Petrobras declarar à ANP (Agência Nacional do Petróleo) a comercialidade dos campos -ou seja, informar se eles são economicamente viáveis e revelar uma estimativa mais precisa das reservas provadas, já certificadas por consultorias independentes.
"A incorporação gradual das reservas provadas de uma acumulação [campo] não é uma particularidade da Petrobras ou das áreas do pré-sal. Trata-se da melhor prática da indústria, adotada por todas as companhias", diz a estatal.
Segundo a petroleira, a estimativa entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris se refere à previsão de reservas totais.
Já as reservas provadas são "um percentual" das totais, que crescem à medida que novas informações são obtidas, como a ligação de novos poços, sísmicas mais detalhadas e aumento da produção.
A Petrobras prevê extrair de Tupi 100 mil barris por dia até o início de 2012, com a conexão da plataforma que opera no campo a três ou quatro poços -hoje está ligada a só um.
Indagada se batizará a reserva de Tupi com o nome de Lula e criará um "parque de moluscos" nos campos do pré-sal -a exemplo do já ocorre em áreas que recebem nomes de baleias-, a estatal não descartou a possibilidade.
"A Petrobras, como operadora [líder] do consórcio BM-S-11 [bloco onde está Tupi], está analisando esta e outras questões com seus consorciados, que obedecerão a rigorosos critérios técnicos para sua definição. Na declaração de comercialidade os nomes dos campos serão divulgados."
Pelas regras do Ibama, os campos têm de seguir nomes de animais marinhos.
Fonte: Folha de São Paulo
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