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Ressurgimento em 10 anos

Livro do Ipea aponta que receita da indústria naval brasileira cresceu, em média, 19,5% ao ano entre 2000 e 2010 >> A indústria naval brasileira cresceu, em média, 19,5% ao ano entre 2000 e 2010, conforme aponta o livro Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil (2000-2013), publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho tem edição do coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Alvares da Silva Campos Neto, e do analista de planejamento e pesquisa do Ipea, Fabiano Pompermayer.

 


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Os autores ressaltam que a estratégia brasileira atual de suprir o mercado doméstico pode servir como uma alavanca para o desenvolvimento setorial. Entretanto, eles reforçam que a experiência de outros países estudados mostra que, quando essa demanda interna diminuir, os estaleiros nacionais deverão estar competitivos internacionalmente. Os autores entendem que a engenharia de projetos navais brasileira ainda é pouco utilizada, mas possui capacitação para projetos básicos. Eles ressaltam que essa é uma fase importante para diferenciação dos produtos e o aumento do uso de fornecedores locais, permitindo mais independência dos estaleiros em relação aos fornecedores estrangeiros de navipeças com os quais possuem menor poder de barganha.

O livro conclui que a participação dos fornecedores locais de equipamentos na indústria naval ainda é baixa, mas com boas possibilidades de expansão. Enquanto a receita da indústria naval cresceu quase 20% ao ano entre 2000 e 2010, as empresas de navipeças que desempenham atividades diretamente associadas à construção naval obtiveram crescimento de 5,3% ao ano. No mesmo período, os setores em que se inserem essas empresas apuraram crescimento de 3,3% ao ano.

Os autores ponderam não ser possível afirmar que o desempenho tenha sido impactado pelo fornecimento específico para a indústria naval. Entretanto, eles acreditam que esse é um bom indício de que se trata de empresas mais capacitadas, buscando a expansão de seus mercados para o atendimento da indústria naval. As conclusões se basearam em pesquisa realizada de maio a julho de 2012, com universo de 98 empresas, entre 750 procuradas, que responderam a um questionário elaborado pelo Ipea.

Um dos resultados mostrou que o negócio de navipeças não fazia parte das receitas de 68,1% das firmas respondentes, para o ano de 2011. Em outra questão, os pesquisadores constataram que 98,6% das empresas pretendem aumentar sua atuação em navipeças, basicamente através da expansão da atual linha de produção ou com investimentos em novos produtos. Sobre essa aparente contradição, os autores identificaram um cenário presente, em que o setor de navipeças ainda não é expressivo para as firmas, e o futuro almejado, no qual elas querem se estabelecer como importantes fornecedoras do setor naval e offshore.

O custo foi apontado por 65,9% das empresas como o fator mais determinante da competitividade do produto, seguido pela adequação da especificação técnica do produto (61,1%), em terceiro lugar o potencial de inovação dos seus produtos (53%). A carga tributária é o aspecto mais preocupante para os negócios de 82,5% dos entrevistados, seguido por regulação trabalhista (60,6%). Segundo o livro, o custo da mão de obra no Brasil é quatro vezes maior do que na Coreia do Sul e China. Com regimes especiais, como o REB e o Repetro, a carga tributária brasileira se equipara aos concorrentes. No Brasil, o maior peso dos encargos sociais e trabalhistas é devido ao elevado custo unitário da mão de obra.

A pesquisa também revelou que 54,4% das firmas desconhecem uma relação de 10 políticas públicas de incentivo à inovação e a investimentos. Os mais conhecidos são linhas de empréstimo do BNDES para pesquisa e desenvolvimento (72,7% das empresas) e para o setor de óleo e gás (64,5%). No entanto, apenas 10,6% e 8,1% já utilizaram ou utilizam estes programas, respectivamente.






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