A retomada de um cronograma de leilões de petróleo e gás natural pelo Brasil deve gerar investimentos da ordem de R$ 850 bilhões nos próximos 10 anos, sendo que cerca de R$ 350 bilhões deverão ficar com a indústria nacional, disse nesta terça-feira, 19, o diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Odone.
Ele informou que em relação aos contratos vigentes já existe a projeção da contratação de 17 plataformas, e que mais 22 unidades seriam necessárias para atender os vencedores das próximas rodadas de licitações. Além das três rodadas previstas para este ano (14ª, no pós-sal, e 2ª e 3ª no pré-sal), o governo anunciou para 2018 e 2019 as 4ª e 5ª rodadas no pré-sal e a 15ª e a 16ª rodadas do pós-sal, além de duas rodadas de venda de campos maduros em terra.
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Odone disse que espera um grande sucesso já no próximo leilão, previsto para 27 de setembro (14ª rodada), e que a ideia do governo é garantir que a renovação do portfolio de exploração no País seja permanente, após anos de lentidão na realização de rodadas pela ANP. Após cinco anos sem leilões, o governo anterior realizou a 13ª rodada de licitações de áreas no pós-sal e um leilão do pré-sal (Campo de Libra).
Ele informou que o cronograma de licitações do setor será ampliado de três para cinco anos - para dar maior previsibilidade ao investidor - e que será criado na ANP também um Banco de Oportunidades, com áreas de petróleo e gás natural já leiloadas pela agência que não foram vendidas ou que tenham sido devolvidas.
"Temos autorização (para vender) dentro do estoque de áreas já leiloadas pela ANP no passado, ou que foram devolvidas, a gente vai colocar banco de oportunidades em oferta permanente, e vai fazer isso a partir do ano que vem", informou.
Fonte: Info Money