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Rio Grande do Sul terá cinco setores prioritários para investir

Petróleo, gás, indústria naval e oceânica; energias renováveis; semicondutores; complexo industrial da saúde e Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) serão as áreas prioritárias de investimentos da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCT).

A ideia é aproveitar segmentos que estão em ampla expansão e que estão recebendo investimentos no País e, ao mesmo tempo, contemplar pontos estratégicos para o desenvolvimento do Estado, segundo o titular da SCT, Cleber Prodanov.

"Não queremos negligenciar nenhuma área, mas tem oportunidades surgindo e que precisam ser apoiadas", comenta. Segundo ele, a secretaria "colou seriamente" na questão do desenvolvimento do Estado. "As políticas de ciência, tecnologia e inovação têm o papel de serem indutoras do desenvolvimento econômico e social", acrescenta.
As cinco áreas prioritárias da tecnologia no Estado

• Petróleo, gás, indústria naval e oceânica: A ideia é aproveitar os recursos do pré-sal e os investimentos que serão feitos em novos estaleiros e por empresas offshore, como as fornecedoras da Petrobras. A SCT está atuando junto à Rede Rio-grandense de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação e quer reunir universidades e empresas para potencializar a produção de conhecimento nessa cadeia.

• Energias renováveis: O titular da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCT), Cleber Prodanov, esteve na semana passada no Rio de Janeiro conversando com o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. Segundo ele, o Estado quer apoiar a criação de um Centro de Competitividade em áreas como a de biocombustível e energia eólica, possivelmente dentro de um parque tecnológico gaúcho. O investimento seria do governo, da Petrobras e de outras empresas interessadas nesses segmentos. A secretaria também está conversando com empresas da Espanha e da Coreia que atuam com energia solar. "Queremos criar uma plataforma que vá da área de pesquisa à manufatura, fomentando investimentos e ações nessa área", comenta Prodanov.

• Semicondutores: O governo do Estado está preocupado em fazer com que a Ceitec entre logo em operação plena e projeta, inclusive, passar a demandar produtos da empresa, como já vem fazendo o governo federal. Prodanov diz que a meta é apoiar também outros empreendimentos na área de semicondutores, como a HT Micron, e as design houses do Estado, localizadas em Porto Alegre e Santa Maria.

• Complexo industrial da saúde: O governo espera fomentar a realização de pesquisas em biotecnologia e aplicação em fármacos. Já foi assinado um convênio com a Coreia, e alunos de graduação gaúchos serão selecionados para atuar em pesquisas de alto nível neste país.

• Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC): As ações para disseminar a banda larga pelo Estado estão entre as prioridades da secretaria. Um convênio assinado semana passada pela Telebras e CEEE foi um passo importante nesse sentido. Os projetos de inclusão digital e o RS Tecnópole também são apontados como importantes.
Assespro pede mais apoio para TI gaúcha

A Tecnologia da Informação (TI) está entre as cinco áreas consideradas prioritárias pela Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCT). Mas, para o presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro-RS), Reges Bronzatti, falta apoio de fato. "A TI está ficando órfã dentro do governo do Estado", lamenta.

Ele reclama da ausência de alguma representatividade das empresas de tecnologia na Câmara Temática da Ciência, Inovação e Desenvolvimento, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS). E cobra a existência de uma proposta mais clara para o setor. "Temos ouvido que o governo é parceiro, mas, na prática, o que percebemos são ações para investir em setores tradicionais. E isso não vai mudar a cara do Estado", observa.

O titular da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCT), Cleber Prodanov, reafirma que a TI é uma área estratégica para o Estado: "Talvez o movimento que estamos fazendo de buscar novos investimentos esteja deixando essa impressão. Mas não vamos deixar o setor de lado", assegura.

Como uma área bem estruturada, Prodanov comenta que a TI gaúcha tem condições de demandar projetos junto à SCT, dentro dos pontos considerados importantes pelas empresas e entidades. "Temos mantido contato direto com as associações e vamos continuar trabalhando em temas-chave, como a questão da formação dos recursos humanos", revela.

Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Patricia Knebel


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