O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, avaliou hoje que se ocorrer um veto presidencial ao projeto de partilha da produção de petróleo no Brasil, o próximo governo poderá discutir uma proposta mais equânime, que não favoreça somente os Estados produtores, mas dê a eles algumas vantagens sobre os demais.
"Se for aprovado e o presidente vetar, a cobrança volta à forma original, e é provável que retorne à Câmara em 2011 como um novo projeto de lei que discuta de maneira mais equânime a questão dos royalties, permitindo uma distribuição de parcela maior para os Estados produtores, ao mesmo tempo que também dê oportunidade a outros Estados de se beneficiarem da produção."
Atualmente, o projeto que altera o novo marco regulatório está em trâmite na Câmara dos Deputados, depois de ter sido alterado no Senado. Ele teve a adição de uma emenda que mudou a distribuição dos royalties beneficiando todos os Estados, e não somente os produtores.
O presidente da Petrobras falou hoje pela manhã sobre os investimentos da companhia no País, em entrevista para um grupo de emissoras de rádio, sob a coordenação da Rádio Nacional, no Rio. Durante uma hora, Gabrielli atendeu a repórteres de rádios locais do Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte, do Ceará, do Espírito Santo, da Bahia, do Maranhão, de Santa Catarina, do Paraná e de Amazonas. Os investimentos em novas refinarias foi um dos assuntos mais abordados.
Gabrielli confirmou que a unidade de refino, a primeira do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), vai entrar em operação em 2013. Além disso, estão seguindo as tratativas com a Braskem para que a companhia assuma os investimentos na unidade petroquímica básica. "Por enquanto, tudo é um namoro ainda", disse o executivo sobre a negociação. Ele também afirmou que já há entre 70% e 80% de equipamentos contratados para o Comperj. Sobre as demais refinarias, informou que a Premium II do Ceará ainda aguarda a liberação do terreno para início da terraplenagem.
Gabrielli voltou a defender a necessidade de construir as unidades de refino, já que a produção e a demanda vêm crescendo substancialmente, mas o País não tem mais capacidade ociosa para dar conta da evolução. "Hoje importamos diesel, querosene de aviação, GLP. Precisamos pensar na nossa demanda e na produção de 2020", comentou.
Fonte: Agência Estado
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