"Vou embora. Se essa for mesmo a posição final da Prefeitura de Fortaleza não há o que fazer", reagiu ontem, o empresário, diretor presidente do Estaleiro Promar Ceará, diante do vazamento do Estudo das Alternativas de Localização do Estaleiro Promar, que indica o Pecém como área mais apropriada ao empreendimento e descarta as praias de Fortaleza. Surpreso, apesar de já ser conhecedor do estudo desde a última quarta-feira, quando esteve reunido com a prefeita Luizianne Lins e o secretário de Infraestrutura, Luciano Feijão, o empresário disse que as praias do Pecém não apresentam condições para recepcionar o equipamento.
Segundo explicou, da forma como está proposto no estudo, com uma parte do estaleiro em terra e outra no mar, o equipamento seria constantemente assoreado pelo fluxo da maré que, segundo ele, é muito forte, próximo à praia. "Por isso, o Porto do Pecém é off-shore", explicou o empresário, que apresenta grande experiência na área de engenharia naval.
Conforme disse, o assoreamento iria exigir dragagens constantes, elevando os custos do empreendimento, além do que, ele iria precisar refazer totalmente o projeto. "A necessidade de dragagem na área é o maior problema", revela Haddad, para quem a concessão das licenças ambientais seriam ainda mais demoradas e a logística mais dispendiosa.
Já sobre Camocim, que apresentou menor custo (R$ 100 milhões), ele falou que falta de estrutura aeroferroviária e a distância de um porto bem estruturado, problemas que inviabilizam o empreendimento. "Camocim é afastado de tudo", descartou o empresário. (CE).
Fonte: Diáriodo Nordeste (CE)
PUBLICIDADE