SÃO PAULO - A Sete Brasil, empresa criada para contratar a fabricação de plataformas e sondas de petróleo, afirmou em comunicado publicado em jornais que sua diretoria executiva determinou, “antes de qualquer solicitação de terceiros”, um processo de auditoria e investigação sobre documentos e contratos relacionados ao projeto das sondas firmados desde a criação da empresa, em 2010.
A explicação foi dada em meio à operação Lava-Jato da Polícia Federal, que investiga denúncia de corrupção na estatal Petrobras. Segundo a Sete Brasil, a medida tem como finalidade apurar quaisquer irregularidades supostamente ocorridas, visando não somente dar transparência aos processos da companhia, como também dar segurança a todos os investidores, financiadores e demais envolvidos no projeto.
O presidente da empresa, Luiz Carneira, convocou reunião conjunta do conselho de administração e dos acionistas para tratar da auditoria. A companhia tem US$ 25,6 bilhões em contratos de sondas de perfuração de poços de petróleo com estaleiros e o ex-diretor, Pedro Barusco, tornou-se delator na Lava-Jato.
A Petrobras tem 5% da Sete Brasil de forma direta e mantém também participação indireta, de 4,3%, no fundo de investimento em participações, o FIP Sondas. Esse é o fundo que controla a Sete Brasil. Os outros acionistas são Petros, Funcef, Previ e Valia; BTG Pactual, Santander e Bradesco; o FI-FGTS; o fundo EIG; e os investidores Luce Drilling e Lakeshore Partners.
Fonte: Valor Econômico/Daniela Meibak
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