Com 13,3 mil postos de trabalho, o setor naval do Amazonas é o segundo do País com mais empregos diretos, à frente de importantes polos como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Santa Catarina e Bahia. Nos próximos três anos, esse número deve mais do que dobrar, quando o Polo Naval estiver em plena operação. A estimativa é de que sejam empregadas 30 mil pessoas.
Somente no período de construção da primeira etapa do olo, serão necessários 20 mil operários em áreas que vão de soldador a engenheiros navais.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval), Matheus Araújo, haverá uma demanda de cerca de 3 mil soldadores nessa fase, com remuneração média de R$ 2,5 mil. Além disso, tecnólogos na área poderão receber aproximadamente R$ 15 mil. Já engenheiros navais podem ter ganhos de R$ 35 mil – por projeto desenvolvido.
“Temos um problema, pois temos poucos engenheiros e tecnólogos disponíveis no Estado e os que a UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e a Ufam (Universidade Federal do Amazonas) vão formar não são suficientes. Uma das saídas seria os engenheiros elétricos e mecânicos passar por um ‘upgrade’ e atuar no setor”, explicou Araújo.
O Sindnaval estima que, na operação do Polo Naval, 30 mil empregos diretos e 50 mil indiretos sejam gerados, totalizando 80 mil. O número deve superar o quadro atual do País, de 62 mil, segundo dados do Sindicato Nacinoal da Indústria da Construção e Reparação Naval Offshore (Sinaval), que representa os estaleiros do Brasil.
Projeto
O coordenador de captação de recursos do grupo de trabalho do Polo Naval, Carlos Araújo, revelou que mais de R$ 200 milhões estão sendo aportados pelo governo do Estado somente na parte inicial de infraestrutura, acessibilidade e desapropriação da área onde será instalado o complexo, que terá 35 quilômetros de largura por 3 quilômetros de comprimento, numa região abaixo do Puraquequara, zona leste de Manaus.
Serão R$ 3,5 bilhões na primeira etapa e R$ 3,5 bilhões na segunda, com a estimativa de faturar entre US$ 15 e US$ 20 bilhões por ano, quando estiver em plena operação, em 2015.
“Com esse projeto, se formos comparar com outros do Brasil, podemos igualar ao Porto de Suape (PE) e o Rio Grande (RS). Além disso, vamos ter a chance de mudar a frente da cidade de Manaus”, disse Carlos Araújo.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está fazendo um trabalho de formalização dos estaleiros de Manaus. Segundo o presidente do Sindnaval, , Matheus Araújo, sair da informalidade é importante para os estaleiros fazerem a transição para o complexo, pleitearem financiamentos e gozarem de benefícios concedidos na Zona Franca de Manaus.
Fonte: D24AM
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