Nos últimos meses, o Ceará vem confirmando, por meio de explorações da Petrobras, a existência de petróleo em águas profundas. Outras importantes descobertas podem ocorrer nos próximos anos nos seis blocos arrematados na Bacia do Ceará durante a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), realizada na última terça-feira. Contudo, na avaliação do Sindipetro CE/PI, pouco dessa riqueza ficará no Estado, uma vez que a exploração e produção não será realizada por empresas 100% nacionais.
"Leilão de petróleo é a forma de entregar uma de nossas maiores riquezas e não aceitamos isso", critica o presidente do Sindipetro CE/PI, Orismar Holanda. Para ele, pouco se sabe sobre o potencial dos blocos leiloados, no entanto, as informações que existem são suficientes para atrair o interesse de grandes empresas estrangeiras, que associam-se com empresas brasileiras a fim de atender à legislação nacional. "O que ficará no Estado será, no máximo, 15% do total que for produzido, referentes a impostos, royalties e participação especial", considera Orismar. Na avaliação dele, o Brasil está entregando às empresas, estrangeiras e nacionais, um grande patrimônio do País.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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