A norueguesa Statoil obteve licença de operação do órgão ambiental federal do Brasil (Ibama) para perfurar sete poços no bloco BM-S-8, onde está a promissora descoberta de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, segundo documento visto pela Reuters nesta quinta-feira.
O documento, emitido na quarta-feira, também concede aval para um teste de formação de curta duração (DST), em poço já existente, no mesmo bloco.
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A licença é válida por quatro anos, a contar da data em que foi emitida, segundo o Ibama, caso a empresa cumpra condicionantes determinadas pelo órgão.
A Statoil é operadora e tem como parceiros no ativo a norte-americana Exxon , a portuguesa Galp e a brasileira Barra Energia, controlada pelos fundos de private equity First Reserve e Riverstone Holdings .
O bloco, que ainda está em fase exploratória, era operado inicialmente pela Petrobras e, após promissoras descobertas geológicas, foi fruto de negociações bilionárias nos últimos anos, que marcaram a saída da petroleira estatal da área e a entrada de algumas das maiores petroleiras do mundo.
Em julho de 2016, a Petrobras anunciou a venda para a petroleira norueguesa da operação e toda a sua fatia no bloco de 66 por cento por 2,5 bilhões de dólares.
Posteriormente, a Statoil comprou a fatia de 10 por cento que a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) detinha no bloco, por 379 milhões de dólares.
Em outubro de 2017, uma área adjacente à descoberta de Carcará foi ofertada em um leilão do pré-sal e arrematada por 3 bilhões de reais por um consórcio formado por Statoil, ExxonMobil e Galp. Em seguida, as empresas concordaram em alinhar fatias acionárias na região, em um negócio de 1,55 bilhões de dólares.
Procurada nesta quinta-feira para comentar a licença para operação, a Statoil não pode responder imediatamente ao pedido de comentários.
PETROBRAS
O Ibama também concedeu à Petrobras uma licença para a instalação da plataforma P-74, no campo de Búzios, na área da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos, segundo documentos do Ibama e confirmação da petroleira.
A Petrobras não deu previsões para o recebimento da licença de operação ou para o início da produção da unidade, segundo uma mensagem enviada por email à Reuters.
A P-74, uma das oito previstas pela empresa para entrar em produção neste ano, poderá ser a primeira a entrar em operação na cessão onerosa.
Fonte: DCI