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O presidente da Transpetro, Sergio Machado, comemora o momento atual da indústria naval brasileira com o lançamento ao mar hoje (19) do terceiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). A embarcação para transporte de produtos derivados claros de petróleo está sendo construída pelo estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).
Machado destacou a redução do tempo na carreira para a construção desta embarcação em comparação com o navio anterior, que foi lançado ao mar em junho, também pelo estaleiro Mauá.
“A indústria naval nacional está vencendo a curva de aprendizagem, aumentando a competitividade o que garante a sua sustentabilidade. O próprio estaleiro Mauá conseguiu reduzir de nove meses para cinco meses o tempo na carreira para construção”, destaca Machado.
O presidente da Transpetro ressaltou que o setor leva vantagem, pois o país tem demanda crescente, principalmente com as necessidades para exploração da camada de pré-sal. “O número de encomendas de embarcações tende a cresce. Além disso, é preciso pensar a mudança da matriz de transporte para aumentar a competitividade nacional e com isso ampliar o número de embarcações”, avalia Machado.
Das embarcações previstas nas duas fases do Promef, ainda falta licitar a construção de três navios de 45 mil toneladas de porte bruto, que deveriam ser entregues em 2012. Machado explicou que a nova licitação deve ser feita em até 60 dias, já que a negociação com o estaleiro Mauá não foi concluída por não chegar a um preço adequado. “Tem sempre dez motivos para não se chegar a um acordo. Mas sempre um é o principal e neste caso foi o preço”, disse Machado, acrescentando que todos os estaleiros podem participar da nova licitação, inclusive o Mauá.
O diretor comercial do Estaleiro Mauá, Jorge Gonçalves, garantiu que a companhia participará da nova disputa para construir os três navios.
Graças ao Promef, um dos principais projetos estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os estaleiros nacionais se modernizaram e novas unidades de produção, como o Atlântico Sul, surgiram no país. Após 13 anos sem lançar um único navio de grande porte, o ano de 2010 marca o renascimento do setor, com demanda crescente e novos investimentos.
Somando os oitos anos do governo Lula com a previsão de aportes para os próximos quatro anos, o Fundo da Marinha Mercante deve contratar cerca de R$ 25 bilhões, segundo o diretor do Fundo da Marinha Mercante, Amaury Neto. Ele citou ainda como exemplo do bom momento do setor no país o aumento do número de empregos diretos do setor, que passou de 2 mil em 2000 para aproximadamente 50 mil atualmente. “Entre 2003 e 2010 já foram contratados R$ 17,3 bilhões em 406 projetos. Na próxima reunião do FMM, marcada para 17 de dezembro, vamos analisar cerca de 165 projetos que somam aproximadamente R$ 13 bilhões”, afirmou Neto.