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Termina sem acordo reunião entre Itália e França sobre STX

Terminou sem acordo a reunião desta terça-feira (1º) entre os ministros de Economia da França, Bruno Le Maire, e da Itália, Pier Carlo Padoan, sobre a nacionalização por Paris do estaleiro STX France, situado no porto de Saint-Nazaire.

O encontro ocorreu na sede do Ministério de Economia italiano, em Roma, mas não conseguiu solucionar o impasse entre os dois governos. A nacionalização do estaleiro foi anunciada pelo gabinete do presidente Emmanuel Macron na última quinta-feira (27), sob justificativa de "defender os interesses estratégicos da França".


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A STX France pertencia a uma companhia sul-coreana homônima que acabou quebrando, mas a estatal naval italiana Fincantieri tinha um acordo para comprar 66,6% das ações do estaleiro. O pacto havia sido acertado durante o mandato de François Hollande, mas foi rompido pela decisão de Macron.

Para resolver o impasse, Le Maire propôs uma divisão meio a meio entre os dois países, mas a ideia foi rejeitada por Padoan, que exige que o controle seja italiano. "Não podemos aceitar. Essa posição continua, e seguiremos firmes nela", declarou o ministro de Economia da Itália. "Na conversa com o ministro Le Maire, constatamos sobretudo que permanecem entre Itália e França diferenças não sanadas", acrescentou.

Já o francês se mostrou mais otimista e, após o encontro, disse estar convencido de que é preciso "reforçar" a cooperação entre os dois países e chamou a Itália de "irmã". "Encontraremos uma solução adequada", garantiu.

Segundo Le Maire, o objetivo de Paris é criar com Roma uma "Airbus naval", em referência à gigante da aviação que é dividida entre França, Alemanha e Espanha. "O objetivo é construir com a Itália um grande grupo industrial europeu no setor naval, civil e militar", declarou o ministro.

Os países seguirão negociando até 27 de setembro, quando o presidente Macron terá um encontro com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni. De acordo com a imprensa francesa, o chefe de Estado quer renegociar o acordo com a Fincantieri porque Roma controlaria o único grande estaleiro do país, considerado "estratégico" pelo Palácio do Eliseu.

Além disso, Macron teme que a gestão italiana cause demissões e aumente a resistência contra a reforma trabalhista que ele pretende apresentar em breve.

Fonte: Jornal do Brasil






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