A Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep) gerenciou, pela primeira vez na história da indústria nacional, o teste de carga dos equipamentos Bop Carrier e X-Mas Tree Trolley da plataforma P-23, no campo de Roncador R7, na Bacia de Campos. Os equipamentos são usados para selar poços de petróleo que apresentem vazamento e são fundamentais para garantir mais tranquilidade e segurança ambiental, evitando acidentes.
Para a gerente de Métodos e Processos Industriais da empresa, Gláucia Valle, a operação mostra bem a preocupação brasileira com a segurança. O teste de carga, realizado pela primeira vez por uma empresa nacional, em parceria com a empresa Antrac, demonstra o grau de desenvolvimento tecnológico e inovação da estatal, que começa a disputar com empresas europeias esse novo mercado. Com uma equipe de sete profissionais, ela acompanhou durante uma semana todos os testes, avalizando ao final que ambos estavam preparados para atender às exigências do processo de exploração.
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— Trata-se de um momento único na história da indústria nacional, quando começamos a disputar com empresas europeias o grande mercado de segurança petrolífera. Cada vez mais estamos demonstrando a capacidade brasileira e ampliando o conteúdo genuinamente nacional em todos os processos do setor, desde a fabricação e reforma de plataformas até a exploração com segurança — frisou Gláucia.
A plataforma P-23 encontra-se a 300 quilômetros da costa, perfurando poços de petróleo a 1.863 metros de profundidade. Para os testes, a Nuclep fez primeiro o reparo e a atualização dos equipamentos em seu parque industrial, em Itaguaí, um trabalho pioneiro no país. Os testes de carga chegaram a 315 toneladas, o Bop Carrier, e 165 toneladas, o Trolley. O desenvolvimento de tecnologia própria abre perspectivas para novas parcerias nos setores naval e offshore.
— A atualização dos equipamentos e o teste de carga na plataforma foram feitos em tempo recorde pela empresa, já que as concorrentes europeias exigiram o dobro do prazo. Com a qualidade do profissional brasileiro, estamos abrindo caminho em um novo mercado, cada vez mais importante para a exploração com segurança — concluiu o engenheiro Julio Cezar de Carvalho, que acompanhou desde a chegada dos equipamentos na fábrica até seu teste.