A petrolífera francesa Total registrou lucro de US$ 548 milhões no quarto trimestre, revertendo prejuízo de US$ 1,6 bilhão informado no mesmo período de 2015. A receita avançou 12% nos últimos três meses de 2016, para US$ 42,3 bilhões, na comparação anual.
O resultado da companhia foi melhor do que o esperado pelo mercado, beneficiando-se de cortes de custos, maior produção e da recuperação dos preços do petróleo —para acima de US$ 50 o barril no fim de 2016.
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No acumulado do ano passado, o lucro avançou 29,7%, para US$ 6,2 bilhões, e a receita caiu 9,4%, para US$ 149,7 bilhões, na comparação com 2015.
A companhia disse que está suficientemente confiante sobre as perspectivas para o mercado de petróleo para planejar até dez novos projetos dentro dos próximos 18 meses, embora a administração pretenda manter um limite nos investimentos em meio a preços voláteis do petróleo.
A Total registrou ainda uma baixa contábil de US$ 1,86 bilhão no quarto trimestre, por conta da desvalorização dos preços do gás.
Para compensar os efeitos da queda dos preços do petróleo e do gás nos últimos anos, a petrolífera desenvolveu a partir de 2014 um amplo programa de redução de custos em todas as suas unidades e se esforçou para extrair mais petróleo dos campos existentes, acelerou o desenvolvimento de novos projetos e cortou investimentos.
A produção da companhia encerrou o último trimestre do ano passado em 2,46 milhões de barris de óleo equivalentes por dia, alta de 4,7%. Em 2016 como um todo, o aumento foi de 4,5%, para 2,45 milhões de barris equivalentes por dia.
Com relação à venda de ativos, a Total informou que já alcançou 80% da meta para o triênio 2015-2017, de US$ 10 bilhões — devendo concluir o programa dentro do esperado.
Os cortes de custos, de US$ 2,8 bilhões em 2016, ficaram 16,7% acima do projetado. Com o resultado, a companhia fixou um corte de custos de US$ 3,5 bilhões para este ano. A Total também espera elevar a produção em 4% em 2017.
Investimentos
A petroleira francesa Total prevê investir US$ 1,25 bilhão este ano em exploração. A meta da companhia é aumentar o ritmo de perfurações e colocou o Brasil entre os cinco mercados prioritários.
Ao todo, a Total prevê 27 poços em 2017, oito a mais do que o número de perfurações do ano passado.
Entre as campanhas prioritárias estão Aruba, Chipre, Egito, Malásia e Brasil — onde a petroleira francesa tem planos de perfurar, como operadora, na Bacia Foz do Amazonas.
A empresa prevê investimentos também na continuidade da exploração de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, onde a Total é sócia da Petrobras, com 20%.
Fonte: Valor