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Usina poderá ser fornecedora para estaleiro e eólica

A usina siderúrgica cearense, até então, fornecerá exclusivamente para a sua sócia sul-coreana Dongkuk, exportando toda a sua produção, de 3 milhões de toneladas, na primeira fase. Esta situação de mercado, entretanto, poderá ser modificada em algum tempo. "A CSP pode ser fornecedora da Petrobras, com aço produzido no Ceará para a construção de navios", declarou o presidente da Vale, Roger Agnelli, durante seu discurso no evento, ganhando, assim, aplausos da plateia. Entretanto, para isso, a usina cearense ainda deverá alcançar uma nova etapa: a dos laminadores. É este processo, realizado na unidade coreana da Dongkuk, e ainda não garantido na CSP, que transformará as placas de aço em chapas grossas, utilizadas na fabricação de navios e torres eólicas, por exemplo. "A DongKuk produz a melhor chapa de aço grossa do mercado. Quem sabe a gente não consegue aí viabilizar a segunda etapa deste projeto que é um laminador de chapas no Ceará? Nós vamos trabalhar pelos laminadores", prometeu Agnelli. Segundo Agnelli, "a parceria entre a Vale e a Petrobras pode ser melhorada, pode trazer novos negócios para a indústria naval". O presidente da subsidiária da estatal na área de transporte a Transpetro, Sérgio Machado, destacou que "a indústria naval está umbilicalmente ligada à siderurgia", pois 70% de um navio é composto de aço. "A siderúrgica (CSP) renova a esperança de o Brasil ficar mais competitivo em navios. Com construção de novos laminadores, vamos ter mais oferta. Nós somos obrigados a importar aço a um custo que pesa de 20% a 30%. A siderúrgica é um ponto importante no futuro", disse. A promessa do presidente da Vale de trazer laminadores vem sendo, já há algum tempo, trabalhada pelo Governo do Estado. Cid Gomes, entretanto, destaca: "Cada coisa ao seu tempo. Ansioso sou eu, pode ter certeza. Acho fundamental para consolidar aqui um polo metal-mecânico que a gente avance no próximo passo, que é laminação. Mas o difícil é consolidar a siderúrgica. A siderúrgica consolidada, tudo o mais fica mais fácil". O governador esclarece que o investimento para trazer o laminador para a planta que está sendo instalada representa cerca de 1/4 dos recursos usados na construção da usina. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antonio Balhmann, o Ceará tem hoje possibilidades fortes de conseguir realizar aqui a etapa de laminação do aço. "Os estaleiros e a energia eólica são grandes consumidores de chapas grossas. O Ceará deverá receber um estaleiro e o Estado é hoje o maior produtor de energia eólica do País. Serão investidos aqui, até 2012, R$ 2,5 bilhões com os novos projetos aprovados esse mês no leilão de eólica", defende. A laminação, contudo, se iniciada, deverá ficar, pelo menos, para a próxima fase da CSP, programada para 2015 e que terá capacidade de produção para seis mil toneladas/ano de placas de aço. Isso porque, na primeira fase, toda a produção será exportada para a Dongkuk. Para após de 2015, segundo o diretor presidente da CSP e executivo da DongKuk, Maurício Chu, a empresa ainda não definiu se comprará, ou não, toda a produção. Será com o excedente, caso o haja, que será feita a laminação. Mas, se necessário, destacou o presidente da Vale em coletiva após o evento, é possível que a CSP passe por uma nova expansão. "Depois de entrar em operação, é mais fácil ampliar. Se tiver mercado, a gente continua". Segundo ele, a primeira fase do projeto é mais cara, dá retorno menor e em um tempo mais longo. "Uma expansão é mais fácil, mais barata, dá mais retorno e é mais viável", disse Agnelli. (SS e SC) SOBRE PROJETOS Oliveira minimiza impacto de ação do MPF O procurador geral do Estado, Fernando Oliveira, reforçou, ontem, que a ação do Ministério Público Federal (MPF-CE) não deve ter impacto nos projetos em curso no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). "O juiz, de forma prudente, mandou ouvir o Estado, a Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará), a Funai e a União, antes de tomar uma medida liminar favorável à paralisação das obras", comentou, acrescentando que o governo cearense "vai demonstrar que não há ocupação tradicional (indígena) na área", salientou Oliveira. Somente em janeiro do próximo ano é que a Justiça Federal deverá se pronunciar sobre a ação do MPF-CE, envolvendo a questão das terras indígenas localizadas no CIPP, onde deverão ser instalados empreendimentos estruturantes, como a Refinaria Premium II. O MPF-CE pede a suspensão das licenças ambientais que foram concedidas pela Semace para parte dos empreendimentos, a exemplo da Companhia Siderúrgica de Pecém . Solução consensual Segundo Oliveira, o Estado quer encontrar uma solução consensual, atendendo aos anseios da população da área. "Para isto, temos um grupo de trabalho que está conversando com todas as comunidades, que se digam indígenas ou não", disse. Ele acrescentou que a licença do CIPP está sendo providenciada no Ibama e que ainda não há prazo para a sua homologação. De acordo com Samuel Dias, diretor de tecnologia da VBA Tecnologia e Consultoria, o contrato da empresa - responsável pela execução do Plano Diretor do CIPP - vai até abril de 2010. Até lá, deve ser concluído o documento, cuja função é determinar em detalhes a ocupação no Pecém, com 13 mil hectares de área total. O projeto de ocupação do CIPP já foi revisto 14 vezes, para se adequar às modificações dos empreendimentos maiores, como a refinaria e a siderúrgica. Qualquer mudança no layout ou na forma de ocupação impacta na redivisão do restante da área.(Fonte: Diário do Nordeste/CE/SC)



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