Governador do Rio voltou a falar sobre sua intenção de solicitar à presidente que se manifeste publicamente contra qualquer mudança nas regras atuais
O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, declarou nesta segunda-feira, 3, ao fim da reunião com parlamentares federais fluminenses, que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) informou ter sido adiada em 15 dias a votação pelo Senado, que estava prevista para quinta-feira, sobre a manutenção ou não do veto presidencial a mudanças na Lei dos Royalties. "O senador Lindbergh acaba de informar que ficou acertado 15 dias de adiamento", disse o governador.
Cabral reiterou a intenção de solicitar à presidente Dilma Rousseff que se manifeste publicamente contra qualquer mudança nas regras atuais. "Vamos solicitar à presidente Dilma que declare veto a qualquer projeto de lei que invada as receitas do pré-sal e do pós-sal já licitadas, como fez o presidente Lula", afirmou.
Durante a reunião de hoje, o governador do Rio revelou ter se encontrado com a presidente no último sábado, quando Dilma teria considerado "impertinente" o debate. Segundo ele, a presidente teria, inclusive, ligado para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para pedir o adiamento da votação.
Cabral acredita que Dilma atenderá seu apelo, já que participou como ministra, durante o governo Lula, de todos os acordos firmados com os governadores, durante a discussão do novo marco regulatório do petróleo.
O senador Lindbergh cobrou que Dilma entre na briga para poder tranquilizar os ânimos e permitir que os debates caminhem não apenas na discussão em torno dos royalties, e sim em todas as questões da Federação. Ele quer ampliar o debate para todos os assuntos relacionados à arrecadação federal. "Com ela conduzindo o processo, acredito que possamos ter um melhor desfecho", afirmou o senador. Participaram da reunião 29 deputados, um senador, um prefeito e sete secretários estaduais e municipais.
Fonte:Mônica Ciarelli, da Agência Estado
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