A WEG, fabricante de motores elétricos com sede em Jaraguá do Sul (SC), não deverá atingir a meta de investimentos de R$ 300 milhões prevista para este ano. Em relatório que acompanha o balanço financeiro do terceiro trimestre, a companhia informa que o programa de investimentos embutia “gradual aceleração” ante os aportes executados no ano passado.
Contudo, ressalta a WEG, diante do valor executado até setembro, é improvável que a meta de R$ 300 milhões seja atingida, ainda que se observe aceleração no último trimestre em razão “das condições favoráveis para o financiamento implantadas pelo BNDES no PSI”. Nos nove primeiros meses do ano, os investimentos da WEG em expansão e modernização da capacidade produtiva somaram R$ 164,6 milhões. Desse montante, 92% foi direcionado à operação brasileira e o restante, às unidades no exterior.
No terceiro trimestre, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 184,7 milhões, ante R$ 154,6 milhões apurados no mesmo período de 2011, uma alta de 19,5%. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro da companhia foi de R$ 472,8 milhões, um avanço de 9,8% em relação ao igual período anterior.
A receita líquida da WEG somou R$ 1,61 bilhão no intervalo de julho a setembro, avanço de 22,4% na comparação com os mesmos meses de 2011, quando o montante foi de R$ 1,38 bilhão. No acumulado do ano, a receita alcançou R$ 4,51 bilhões, alta de 21,2%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) do período somou R$ 284,3 milhões, avanço de 16,6% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. O Ebitda registrado nos nove primeiros meses deste ano totaliza R$ 752,9 milhões, 21% acima do registrado em igual período de 2011.
Laurence Beltrão Gomes, diretor de finanças e relações com investidores da empresa, disse ao Valor que o desempenho da WEG tem ficado dentro do esperado para alcançar o objetivo do plano estratégico, de obter receita anual de R$ 20 bilhões até 2020. Para tal, a empresa precisará manter um ritmo de crescimento anual de 17% no faturamento. “É difícil fazer previsão, mas esperamos um quarto trimestre parecido com o terceiro”, afirmou Gomes.
Gomes acredita que o cenário interno está melhor, em grande parte pelas medidas de incentivo do governo, mas que ainda há um certo receio entre os industriais. “Já há sinais de retomada [nos investimentos], mas esperamos sinais mais claros no quarto trimestre para confirmar uma tendência”, disse o diretor.
Fonte: Valor / Stella Fontes e Daniela Meibak
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