A Wilson Sons Estaleiros deve concluir em meados de maio a conversão de um PSV (embarcação de transporte de suprimentos) em OSRV (combate a derramamento de óleo) para a Wilson Sons Ultratug Offshore, empresa de apoio marítimo do grupo em sociedade com a chilena Ultratug. O trabalho, iniciado em março, tem como objetivo atender contrato de dois anos firmado com a Petrobras.
Na prática, o Gaivota deixará de ser uma embarcação que opera granéis sólidos para atuar na remoção de óleo em caso de vazamentos, com capacidade de armazenar até 760 m³ de óleo. O diretor executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza, ressaltou que essa conversão é uma operação complexa, mas que o trabalho segue dentro do cronograma.
Para a nova função, a Wilson Sons Estaleiros vai alterar parte da estrutura de redes e tubulações, adequar os tanques que serão usados para recebimento de óleo recuperado e instalar novos equipamentos. A embarcação passa também por docagem, que envolve procedimentos de manutenção e reparos para preservar a integridade estrutural, mecânica, elétrica e estética. Fabricado em 2003, o Gaivota foi o segundo PSV construído pelo estaleiro.
O diretor executivo da Wilson Sons Ultratug Offshore, Gustavo Machado, explicou que o Gaivota foi escolhido para essa conversão por suas características técnicas, como o arranjo de tanques, convés principal e sistema de posicionamento dinâmico. “A diversificação de tipos de operação realizados pelas embarcações da frota é estratégico para nós, essa conversão está alinhada com nossa visão de futuro. O OSRV Gaivota tem contrato com a Petrobras de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período”, detalhou Machado.
Além do Gaivota, o estaleiro do grupo Wilson Sons receberá outras 18 embarcações para docagem em 2018. Essa demanda inclui nove rebocadores da Saam Smit, sete da Wilson Sons Rebocadores e outros dois PSVs da Wilson Sons Ultratug Offshore.
Corvetas — A holandesa Damen Schelde Naval Shipbuilding e a Wilson Sons Estaleiros promoveram esta semana encontros com 18 fornecedores locais, no Guarujá (SP). O objetivo é unir esforços com prestadores de serviço no segmento de construção naval do Brasil visando parcerias competitivas para disputa do projeto de construção das corvetas classe Tamandaré para a Marinha do Brasil. René Berkvens, CEO da Damen, destacou que a empresa possui experiência na construção de corvetas na Holanda, México e Indonésia. “Nesses encontros, queremos compartilhar nossa visão com os fornecedores locais e discutir as oportunidades que a construção dessas corvetas trariam para as empresas envolvidas e para o mercado”, disse.
PUBLICIDADE
Por Danilo Oliveira
(Da Redação)