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Acordo possível

Maersk Line e MSC fecham acordo operacional em substituição ao fracassado P3, bloqueado pela China >> A Maersk Line e a Mediterranean Shipping Company (MSC) fecharam um acordo de troca de espaço de navios por 10 anos (VSA, na sigla em inglês) nas operações Ásia-Europa, transatlânticas e transpacíficas. O VSA será conhecido como 2M e substitui todos os VSA existentes e contratos de compra de slot que a Maersk Line tem nestes trades. O acordo é bem menos ambicioso do que a P3 Network, que unia as duas empresas com a CMA CGM, que, desta vez, ficou de fora. A aliança P3 esbarrou na oposição de China, que considerou os três armadores uma ameaça à concorrência no setor.

 

O acordo incluirá 185 navios, com uma capacidade estimada de 2,1 milhões de TEUs em 21 rotas. O objetivo global da cooperação é compartilhar infraestrutura. O VSA irá melhorar a eficiência das redes Maersk Line e MSC através de uma melhor utilização da capacidade dos navios e economias de escala. A VSA 2M difere da aliança proposta anterior, P3, em dois aspectos: a quota de mercado combinada é muito menor. E a cooperação é um VSA puro, pois não será de propriedade de uma entidade independente.

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As 21 rotas serão divididas da seguinte forma: Ásia/Norte da Europa: seis; Ásia/Mediterrâneo: quatro; Ásia/Costa Oeste dos EUA: quatro; Ásia/Costa Leste dos EUA: duas; Norte da Europa/EUA: três; Mediterrâneo/EUA: duas. A Maersk Line vai contribuir com cerca de 110 navios, com uma capacidade nominal de 1,200 milhão de TEU. A MSC vai contribuir com cerca de 75 navios, com uma capacidade nominal de 0,9 milhão de TEU.

O acordo não inclui operações marítimas conjuntas. Cada uma das partes executa suas próprias operações, incluindo operações de estivagem, de planificação da viagem e portuárias. O VSA não inclui quaisquer tarefas ou responsabilidades comerciais. Cada partido vai continuar a ter vendas totalmente independentes, preços, marketing e funções de atendimento ao cliente. O acordo está previsto para começar no início de 2015.

A Maersk, a CMA CGM e a MSC estabeleceram em junho de 2013 um pacto operacional, o P3, com o objetivo de reduzir custos na Ásia-Europa, rotas transatlânticas e transpacíficas. As empresas haviam planejado utilizar 255 embarcações em 29 rotas. Os armadores de navios conteineiros têm lutado com a sobrecapacidade da indústria, depois de um boom de encomendas de navios coincidente com a crise financeira global, provocando a pior queda nos preços para o transporte de carga desde conteinerização tornou-se global em 1970. O P3 proporcionaria ganho de escala e corte de custos.

A rejeição do P3 pelo governo chinês, em 17 de junho, ocorreu depois da parceria ser aprovada pela Comissão Marítima Federal dos EUA e a Comissão Europeia dar por encerrada uma investigação antitruste da União Europeia.



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