Amigo da Marinha

A nossa fronteira marítima possui cerca de 8.500 quilômetros (quatro mil milhas), 16 portos principais e 4 grandes terminais, por onde circulam mais de 26 mil navios por ano. Já o potencial de navegação dos rios brasileiros é de 45.000 quilômetros, sendo que somente pouco mais de 28.000 são utilizados, ainda que de forma bastante improvisada e precária, apesar dos esforços da iniciativa privada e do Governo Federal. De acordo com o Departamento de Hidrovias Interiores do Ministério dos Transportes, as hidrovias existentes convivem com uma série de problemas que afetam a sua eficiência operacional, como restrições de calado, falta de sinalização e terminais, limitações das eclusas e espaços limitados entre vãos de pontes criam sérios constrangimentos para o dimensionamento dos comboios hidroviários. Enquanto o número de terminais de cargas existentes e em funcionamento nos Estados Unidos é de 1.200, no Brasil ele é de 64.

É preciso ampliar a compreensão dos fatores estruturais e conjunturais que condicionam o desempenho e futuro da nossa logística de transporte. Valorizar mais a nossa marinha é resgatar a nossa história, preservar a nossa cultura e nossa soberania.

A Marinha do Brasil é a mais antiga das Forças Armadas do País. Desde 1567, nas lutas para defender o território brasileiro. Muitos embates se deram no mar, inclusive com utilização de meios navais indígenas. Em 1823, a Marinha desempenhou importante papel para a consolidação da Independência, pois foi a responsável pela formação da primeira Esquadra Brasileira. Foi graças ao preparo de uma força naval capaz de obter o domínio do mar, interceptar a vinda de reforços portugueses, bloquearem as posições inimigas e manter livres as comunicações marítimas no novo Império, que foi possível eliminar os focos de resistência interna à autoridade do novo Imperador, bem como rechaçar qualquer tentativa de recolonização por parte da antiga metrópole.

Hoje, além da defesa de nosso mar territorial, principalmente, com a descoberta do Pré-Sal, temos a atuação social da nossa Marinha nos rios brasileiros, levando atendimento médico a lugares de difícil acesso.

Por indicação do Capitão de Fragata André Martins de Carvalho, do Rio de Janeiro, fui agraciado com a Medalha “Amigo da Marinha”, na Capital Federal. Uma honraria que é concedida aos cidadãos que percebem o valor do mar e dos rios para a grandeza e a riqueza do nosso país. É norma para a concessão de a medalha ter “idoneidade moral e conduta pessoal condizentes com os padrões que a Marinha exige de seus integrantes”.

A solenidade foi realizada no Clube Naval de Brasília, situado às margens do Lago Paranoá, sob a organização impecável do Comando Naval de Brasília. A Medalha me foi entregue pelo Comandante do 7º Distrito Naval, Vice-Almirante Walter Carrara Loureiro.

O orgulho de ser cuiabano e patriota, recebi com júbilo a homenagem da Marinha do Brasil. A minha trajetória de vida, seja como vereador de Cuiabá, Secretário de Estado, Funcionário do Senado Federal há 28 anos, jornalista colaborador ou militante partidário, sempre se pautou em servir ao país. A minha luta maior é pelo equilíbrio no setor de transportes brasileiro, ainda hoje, totalmente dependente das rodas do caminhão e do asfalto. A ampliação da malha ferroviária, hidroviária e dos portos, é uma bandeira patriótica para evitar o estrangulamento da atividade e, conseqüentemente, do país.

Qual cisne branco que em noite de lua/Vai deslizando num lago azul. O meu navio também flutua/Nos verdes mares de Norte a Sul. Linda galera que em noite apagada/Vai navegando num mar imenso/Nos traz saudades da terra amada/ Da Pátria minha em que tanto penso. Qual linda garça que aí vai cruzando os ares/Vai navegando sob um belo céu de anil/Minha galera também vai cruzando os mares/Os verdes mares, os mares verdes do Brasil. Quanta alegria nos traz a volta/À nossa Pátria do coração/Dada por finda a nossa derrota/Temos cumprido nossa missão. (Canção do Marinheiro “Cisne Branco”)



Fonte: Diário de Cuiabá/VICENTE VUOLO



Yanmar

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