A união entre Governo (MPor), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Marinha do Brasil e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) possibilitará a implementação da hidrovia do Paraguai. Essa foi a afirmação feita pelo diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, durante o Circuito Nacional dos Diálogos Hidroviáveis, evento promovido pela Adecon (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro Norte).
Realizado em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, o evento contou com a presença de representantes de entidades públicas e de interessados na implantação da hidrovia na região.
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“A minha vinda aqui neste evento é simbólica, porque temos na Antaq uma pauta muito bem definida, que é a implantação da hidrovia do Paraguai. Para que isso ocorra, é preciso que haja planejamento, um movimento integrado e comprometimento de todos as entidades envolvidas”, disse Nery.
No fim de outubro, Antaq e Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciaram a abertura de chamamento público voltado ao recebimento de estudos para o projeto da Hidrovia do Paraguai. Neste primeiro momento, os estudos a serem captados compreenderão o trecho da futura hidrovia localizado entre a cidade de Cáceres/MT e a foz do Rio Apa, na divisa com o Paraguai.
Por se tratar de uma das mais antigas vias navegáveis do país, com movimentação de carga consolidada e potencial para aumentar em pelo menos quatro vezes o atual volume, a futura concessão da Hidrovia Paraguai impulsionará o transporte de commodities agrícolas e minério de ferro.
Modelagem
Nery explicou que a modelagem de concessão da hidrovia do Paraguai que está sendo feita pela Antaq apresentará a tarifa-teto a ser praticada pela futura concessionária. “A modelagem trará a resposta acerca de dúvidas sobre o modelo de concessão a ser feito na hidrovia do Paraguai. O que queremos é tornar o modal competitivo. Buscaremos estabelecer uma tarifa justa que não onerará o embarcador. Esses estudos mostrarão a tarifa máxima que a carga está disposta a pagar”, falou.