RIO DE JANEIRO - Vista da ponte parece uma cidade fantasma. Como se não bastasse todo tipo de lixo jogado no mar, carcaças de navios, traineiras e até de uma plataforma estão abandonadas nas águas da Baía de Guanabara, numa demonstração clara de que, longe de qualquer programa de despoluição, a baía tornou-se a maior lixeira a céu aberto do estado.
Somente a Capitania dos Portos tem registradas 45 embarcações abandonadas, entre navios e traineiras de médio porte. Fora dezenas de carcaças e outros barcos menores sem condições de identificação. O trecho conhecido como Buraco do Boi, que dá acesso à Ilha da Conceição, é chamado por barqueiros e pescadores de cemitério de navios, uma terra de ninguém, de aparência sinistra.
Um mapeamento feito pelo Centro de Informações da Baía de Guanabara, órgão vinculado a Secretaria Estadual de Ambiente do Rio, localizou mais de 50 embarcações abandonadas. São navios de portes variados, de barcos de pesca e até um graneleiro de 80 metros de comprimento e 15 metros de altura. Alguns estão no local há 40 anos. Até o fim do mês, porém, o “cemitério de navios” começará a ser desativado.
Fonte: Jornal do Brasil/Urbano Erbiste,
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