A companhia francesa de transporte marítimo CMA CGM passará a oferecer biometano como opção de combustível de fretes. A alternativa estará disponível a partir de maio.
A empresa está investindo em navios movidos a GNL e planeja ter 32 embarcações movidas com o combustível até 2022. Hoje, a CMA CGM possui 566 navios, que atendem mais de 420 portos em todo o mundo.
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Em comunicado, a companhia informou estar apoiando a produção de 12 mil toneladas de biometano, feito de resíduos orgânicos e vegetais da Europa. O volume permite abastecer, por um ano inteiro, dois navios movidos a GNL capazes de transportar 1.400 TEU - medida-padrão usada para calcular o volume de um contêiner - em viagens dentro do continente europeu .
O biometano é uma das estratégias da companhia para reduzir suas emissões de carbono e alcançar sua meta de neutralizar as emissões até 2050. O uso do biometano com garantia de origem e também da tecnologia de energia a gás dual-fuel pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa da CMA CGM em até 88% em comparação com o consumo de combustível marítimo. Considerando todo o ciclo de vida do biometano, a redução das emissões é de pelo menos 67%.
Na avaliação do grupo francês, o GNL é a “solução ideal já disponível” de combustível marítimo para reduzir a pegada de carbono do setor. Em nota, Rodolphe Saadé, presidente da CMA CGM, defendeu que “alcançar esses objetivos [do Acordo de Paris, que estabelece metas de redução da emissão de poluentes] não depende de uma única solução, mas de um conjunto de iniciativas e novas tecnologias complementares entre si”.
Fonte: Valor