A CMA CGM e a Maersk suspendem serviço para o Porto de Manaus. O porto sofre com a seca no Rio Amazonas e nesta segunda-feira (16) o site do porto manauara mostrou que o nível de água foi o mais baixo desde que os registros foram estabelecidos em 1902, com a água ainda recuando.
O governo do Amazonas está se preparando para o que se acredita ser a pior seca já vivida na região, agravada pelo fenômeno El Niño e por águas mais quentes do Oceano Atlântico, que produzem correntes de ar que obstruem a formação de nuvens de chuva.
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Na sexta-feira, a CMA CGM alertou os clientes que as condições “atingiram um nível alarmante”, limitando o acesso dos navios porta-contêineres ao porto. A armadora decidiu desviar seus navios do serviço para Manaus para os portos do Pecém e Fortaleza.
A The Loadster noticia que a empresa já havia anunciado uma sobretaxa no serviço a Manaus a partir de 25 de setembro, de US$ 750 por TEU. Em 25 de outubro, aumentou para US$ 1.100 por TEU.
A Maersk também informou seus clientes sobre alterações no tráfego, desviando os navios da Aliança para portos alternativos. A empresa oferece no momento uma opção de transporte alternativo que combina caminhão e barcaça entre Vila do Conde e Manaus.
Algumas previsões são de que a baixa precipitação na região se prolongue até a segunda quinzena de dezembro, o que pode levar a novas restrições no transporte fluvial da região, com consequente altas nos fretes.