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Corte de recursos prejudica defesa, diz comandante

O corte de cerca de 30% no orçamento deste ano da Marinha prejudicou projetos estratégicos para a área da defesa, afirmou terça-feira (14) o comandante da força, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, durante café da manhã com jornalistas no navio-veleiro Cisne Branco, no Rio de Janeiro. “Hoje a Marinha não tem o mesmo grau de prontidão que deveria ou precisaria ter. No momento, estamos vulneráveis”, disse Ferreira.

Segundo o almirante, as ameaças ao Brasil são muito difusas, mas existem e podem aparecer. “Há dois anos, ninguém falava em Estado Islâmico. As surpresas surgem a cada ano e a preparação de uma defesa demora uma geração para ser feita. Podemos ter uma crise a qualquer momento e a fronteira brasileira mais vulnerável é a marítima”, destacou.

Ferreira lembrou que 10% do que se transporta no mundo pelo mar saiu ou chega aos portos brasileiros. “Nossos navios estão envelhecidos, são de manutenção cara – essa é nossa preocupação para ameaças de maior nível. Temos muitas carências neste momento”.

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Além da falta de verba para renovar a esquadra, o almirante citou o corte de recursos para 2016, estimados em cerca de R$ 4 bilhões, o que obrigou a Marinha a adiar vários projetos. Um deles é o Programa de Construção de Submarinos da Marinha do Brasil. O submarino de propulsão nuclear, cuja conclusão era prevista para 2023, deve começar a funcionar em 2027.

“O orçamento do Programa Nuclear, que chegou a R$ 400 milhões, teve que ser cortado e caiu a R$ 200 milhões, e já tínhamos vários compromissos assumidos que tivemos que saldar. Tivemos que readequar programas, renegociar contratos e atrasar muita coisa”, disse o almirante de esquadra.

A crise também provocou a suspensão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. O almirante também citou as aeronaves, quase todas antigas e muito usadas.

O comandante da Marinha adiantou que está sendo avaliada a permuta de imóveis, sobretudo nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste para aliviar o problema orçamentário.

Ao comentar as investigações do contrato da Odebrecht para construção do submarino nuclear, Ferreira disse que “a Lava Jato ainda não chegou à Marinha”. O Prosub é desenvolvido pela Marinha em parceria com a empresa francesa DCNS e pela Odebrecht, cujo presidente está preso por suspeita de crimes de corrupção investigados na Operação Lava Jato.

Fonte: A Tribuna online/DA AGÊNCIA BRASIL



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