No mundo todo, mais de 21 milhões de pessoas viajam anualmente em navios de cruzeiros, segundo a CLIA, entidade que congrega 60 empresas globais do setor. A atividade movimenta cifras consideráveis, sem que traga reais benefícios para as economias dos países que servem de escalas para as suas embarcações. O lucro que essas embarcações geram não é tributado. A atividade também gera perda de divisas, uma vez que são, em sua maioria, passageiros brasileiros que estão a bordo.
O Sindicato Nacional dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar) é uma das entidades que procura mostrar que esse serviço traz muitos problemas para o país e extrema rentabilidade para os grupos estrangeiros que exploram a costa nacional.
A Abremar, entidade que representa os cruzeiros no Brasil – todos, sem exceção, empresas estrangeiras – afirma que a queda no movimento nos últimos anos se deve aos altos custos da operação nos portos brasileiros. E reforça uma retórica enganosa: a de que os cruzeiros são uma importante fonte de divisas e ajudam a impulsionar o setor hoteleiro, o comércio e o turismo de forma geral.
Aponta o Sindmar: “Proibir pura e simplesmente os cruzeiros não seria uma medida razoável – nem possível. Mas é preciso regulamentá-los, para que possam de fato ser uma atividade complementar do setor turístico, operando sem desrespeitar a segurança e os direitos dos passageiros e sem ofender a dignidade do trabalhador ou violar o meio ambiente e as normas de navegação”.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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