A reforma do porto de Concepción, localizado no rio Paraguai, inaugurada nesta terça-feira (20), no município de mesmo nome, oferecerá uma nova rota para o escoamento da produção de grãos de Mato Grosso do Sul, especificamente, na região sul do Estado (grande Dourados).
A estrutura é administrada por um consórcio de empresas paraguaias em parceria com o governo local e recebeu investimentos na ordem de US$ 7,5 milhões de dólares. Contudo, a meta total é de que sejam utilizados US$ 12 milhões nos próximos três anos, a fim de tornar a hidrovia Paraguai-Paraná um novo corredor para a soja produzida no território brasileiro.
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Conforme informações da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), para estimular a competitividade do porto, o governo paraguaio aprovou uma normativa, no início do ano, permitindo a entrada de caminhões bitrem na rota que vai de Pedro Juan Caballero à Concepción, totalizando 220 quilômetros.
De acordo com o titular da Semagro, Jaime Verruck, o governo de Mato Grosso do Sul desenvolveu uma série de ações que está contribuindo para melhorar as condições logísticas no estado.
“Desde o início da atual administração procuramos alternativas para melhorar o escoamento e a competitividade na produção regional de grãos. O primeiro trabalho desenvolvido foi no terminal portuário de Porto Murtinho, reativado em 2016, depois de ficar oito anos inativo e ainda, a criação de uma zona de exportação que já funciona em capacidade total", observa.
FRONTEIRA
Verruck analisa o cenário atual da aduana localizada no município de Ponta Porã, importante polo agropecuário e que tem fronteira seca com o Paraguai.
“A aduana é hoje localizada na área central da cidade e provoca conflito grande em termos de tráfego de veículos, mas, no curto prazo o foco é liberar um fluxo de caminhões na aduana, uma questão hoje discutida e que preocupa, mas que está bastante vinculada a liberação do fluxo de caminhões”, argumenta.
O titular da Semagro antecipa que o governo está buscando doação de uma nova área para funcionamento da aduana, retirando assim o alto fluxo da região central.
“Já recebemos uma solicitação do prefeito Helio Pelufo para apoiar a criação de um porto seco em Ponta Porã. Essa seria uma forma de concentrar as aduanas, como ocorre em Corumbá”, finaliza.
Fonte: Correio do Estado