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Escoamento de grãos pelo Arco Norte aumenta cinco vezes em dez anos

O escoamento da produção de grãos pelos portos do Arco Norte deve aumentar quase cinco vezes entre 2009 e 2019. A previsão é do Movimento Pró-Logística. Segundo a entidade, em 2009 foram transportados 7,2 milhões de toneladas de grãos, principalmente de milho e soja, pelos portos da região Norte e Nordeste. Em 2018, o total transportado chegou a 32,5 mi/ton e, para 2019, a previsão é que sejam escoados 35 mi/tons por esses terminais.

O Arco Norte é um plano estratégico que compreende portos ou estações de transbordo nos estados de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Sergipe e Bahia e são considerados fundamentais para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste e desses estados. O sistema é formado pelos portos de Itacoatiara (AM), Santarém e Vila do Conde (PA), Santana (AP), Itaqui (MA), Aracajú (SE), Salvador e Ilhéus (BA) e compreende uma região entre o paralelo 16 e a linha do Equador.


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De acordo com o anuário estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de 2019, a participação no escoamento da soja e do milho para exportação pelo sistema dobrou em oito anos, saindo de 14% do total, em 2010, para 28%, em 2018. O aumento da participação da Saída Norte se intensificou a partir de 2014. Naquele ano, atingiu 17%, saltou para 21%, em 2015, e chegou a 27%, em 2017. Ainda segundo o anuário, os estados localizados dentro do Arco Norte responderam por 52% da produção brasileira de soja e milho (103,7 milhões de toneladas).

O diretor executivo do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz Ferreira, ressalta a necessidade de investimentos nos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário para ampliar o escoamento da produção por meio do arco norte.

“O Arco Norte reduz o número de caminhões em direção aos portos das regiões Sul e Sudeste, diminuindo riscos de acidentes nas estradas. Atualmente há uma série de esforços de entidades do setor produtivo junto com empresas, tradings, governos estaduais e federal e investidores de outros países para ampliar a capacidade de transporte de cargas por esses modais a fim de reduzir o custo do frete e tornar o agro mais competitivo da porteira para fora”, reforçou.

Criado em 2009, o Movimento é uma iniciativa de diversas entidades do setor agropecuário em prol da melhoria da infraestrutura para o transporte de cargas no país. O objetivo inicial do Movimento era atuar junto com governo e entidades para garantir a pavimentação da BR 163, entre Mato Grosso e Pará. Segundo dados do Movimento, dos 796 km da rodovia que precisavam de asfalto, restam 10 km a serem pavimentados.

O Movimento surgiu com o apoio de entidades como Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação Matogrossense dos Municípios (AMM), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MT), Conselho Regional de engenharia e Agronomia (CREA-MT) e do Instituto Ação Verde. O Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, através da Aprosoja Brasil, atua nos estados das regiões Norte e Nordeste.

Fonte: Aprosoja Brasil






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