Na primeira reunião pós-eleição, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), concentrou esforços na discussão sobre o projeto de mudanças nas regras sobre cabotagem (navegação costeira), batizado pelo governo de BR do Mar, e não tratou da reforma tributária nem da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial.
Havia expectativa de que, passado o segundo turno da eleição municipal, o governo apresentasse as propostas sobre os dois temas. A PEC Emergencial, de corte de despesas obrigatórias para abrir espaço no Orçamento para ampliar o Bolsa Família, está em tramitação no Senado. Já a reforma tributária é a pauta principal que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta votar neste fim de ano.
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Segundo líderes que participaram da reunião desta segunda-feira, haverá um segundo encontro na quarta-feira, às 9h, antes da sessão da Câmara, para continuar o assunto. Os parlamentares aguardam para saber se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocará uma reunião com todos os partidos para decidir os projetos que serão votados até o fim do ano.
Mesmo o projeto da BR do Mar, foco das atenções do governo nesta segunda-feira, está com dificuldades para avançar. Há pressão contrária dos caminhoneiros, divergências dentro da base do governo e a oposição tenta adiar sua votação para depois da eleição das Mesas Diretoras do Congresso, em 1º de fevereiro.
Restam três semanas e meia para o recesso parlamentar. Parte dos deputados defende que será preciso um grande esforço para votar os projetos até o dia 23 de dezembro ou suspender parte do recesso, retomando as atividades na segunda semana de janeiro.
Fonte: Valor