A Hamburg Süd prevê um crescimento de 5% nas exportações e de 6% nas importações globais neste ano. Relatório do comércio, desenvolvido pela companhia, mostra que a exportação se manteve positiva ao longo de 2020. Em comparação iguais períodos em 2019, houve crescimento de 4% no primeiro trimestre de 2020, 1% no segundo (período de pico da pandemia de Covid-19), 7% no terceiro trimestre e 9% no último trimestre do ano passado.
Ainda segundo o relatório, a categoria de produtos refrigerados de maior destaque nas exportações em 2020 foi a de alimentos e bebidas, que apresentou crescimento de 32% em relação a 2019, seguida pelo segmento de proteína animal, especialmente a carne suína, que cresceu 19%.
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A exportação de frutas cresceu 2% na comparação 2019/2020. Enquanto isso, a madeira foi destaque entre as cargas secas, com aumento de 28%, principalmente para o mercado de construção civil nos Estados Unidos. O tabaco (44%), açúcar (41%) e café (32%) também tiveram aumento elevado na exportação.
De acordo com José Salgado, diretor-executivo comercial da Hamburg Süd, "a recuperação quase total de todos os mercados no 4º trimestre de 2020 foi estimulada pela retomada no consumo mundial, especialmente o de alimentos e o de produtos básicos na Ásia, como café, algodão, resina, papel, tabaco, e peças automotivas, indicando que essa indústria está em processo de retomada".
No Mercosul, a situação da Argentina resultou na queda de produtos exportados.
Com relação às importações, o 4º trimestre de 2020 apresentou um salto inesperado na comparação com o 2º e o 3º trimestres do ano, passando de índices negativos para forte crescimento, permitindo que o ano fechasse com incremento de 16% nas importações globais. "Com importação forte em todos os segmentos e movimentação sólida em todas as regiões, aliadas à recuperação dos mercados para Black Friday e Natal no 4º tri, observamos uma recuperação em um ano desafiador", analisa Salgado.
Entre as categorias importadas, as matérias-primas básicas se destacaram: têxteis e couro tiveram 46% de aumento, acompanhada por alimentos e bebidas (31%), plástico e borracha (30%), metais e produtos da construção (17%), indústria química (14%) e bens de consumo primários (25%). Para 2021, a expectativa é de crescimento global em 6% nas importações.