O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) anunciou, nesta quarta-feira(10), que a expectativa para 2025 é de que o período de seca e que a redução dos níveis dos rios amazônicos sejam menos graves do que os registrados em 2023 e 2024, com menos custos para o transporte de mercadorias pela Região Amazônica. Segundo a entidade, a estiagem registrada nos dois anos anteriores gerou para a indústria local despesas adicionais de R$ 3 bilhões no pagamento de taxas extras a armadores e terminais portuários.
A entidade explicou que, para evitar novo colapso logístico, as empresas têm adotado medidas preventivas para enfrentar a estiagem. Segundo Augusto Rocha, coordenador da Comissão de Logística e Competitividade do Cieam, estão sendo reforçados os estoques, tomadas medidas para estruturar melhor o abastecimento e organizar pagamento a fornecedores e colaboradores.
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Rocha disse que a bacia do Rio Amazonas continua sendo o ponto de maior preocupação, lembrando que a redução de seu nível prejudica a navegação e aumenta os custos logísticos. Mas explicou que a expectativa para 2025 é mais otimista, pois não é esperada que a seca não seja tão severa como a dos anos anteriores. “Acreditamos que os armadores e terminais adotem práticas equilibradas nos custos e que a indústria sofra menos com esse cenário”, afirmou.
Apesar disso, ele disse que há necessidade urgente de investimentos públicos para buscar soluções definitivas que reduzam a dependência de dragagens emergenciais e permitam a navegabilidade na região. “Precisamos de obras subaquáticas que alterem a hidrodinâmica do rio e garantam um canal navegável de forma permanente. Não é sustentável depender de dragagens frequentes”, afirmou.