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Infraestrutura ruim atrapalha projeto da cabotagem

A implantação de uma linha de cabotagem no porto de Natal, que estava prevista para o segundo semestre deste ano, deverá atrasar e ser iniciada no primeiro trimestre de 2011. De acordo com a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), para que o transporte de mercadorias entre dois portos da costa brasileira se torne uma realidade na capital do estado, há a necessidade de acertar detalhes relativos principalmente à falta de estrutura logística. Entre elas estão o aumento do calado do rio Potengi e a remoção completa da comunidade do Maruim, que permitirão a entrada de navios de maior porte do que ocorre atualmente, bem como o aumento na capacidade de carga que o porto pode receber.
Alex RégisPorto ainda carece de estrutura para viabilizar a cabotagemPorto ainda carece de estrutura para viabilizar a cabotagem
A previsão do diretor-presidente da Codern, Emerson Fernandes, é de que será possível operar uma linha de cabotagem que inclua o porto de Natal entre o final deste ano e os primeiros três meses de 2011. Fernandes diz que estão sendo feitos estudos junto a órgãos e entidades que representam importantes setores da economia, para que sejam descobertos os pontos de maior interesse daqueles que deverão utilizar a cabotagem para escoar e receber produtos. “Estamos discutindo alguns detalhes junto à Secretaria Especial de Portos (SEP) e o processo está mais lento do que esperávamos, mas não houve nenhum retrocesso. Então, vai demorar mais um pouco, mas a cabotagem será uma realidade no porto de Natal em breve”.
Fernandes aponta como pontos essenciais para viabilizar a operação, o avanço do processo de dragagem do Potengi, que aumentará sua profundidade dos atuais 10 metros para 12,5 metros, e a remoção completa da comunidade do Maruim, permitindo a acomodação dos contêineres com mercadorias. “É preciso definir ainda a quantidade de carga que poderá sair e chegar aqui, além de garantir que as embarcações farão a linha completa”, avalia.
Empresários querem garantias de que o projeto vai funcionar
Representantes dos setores salineiro e fruticultor, dois dos que mais poderão se beneficiar com a cabotagem, afirmam que o transporte marítimo pode beneficiar muito essas atividades. A principal mudança deverá ser percebida com a redução no preço cobrado pelo frete, que hoje é feito por caminhões.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria e Extração do Sal (Siersal), Airton Torres, como parte do que é vendido para outras unidades da federação passará a ser transportado em navios, isso deverá baratear o frete e fazer com que o produto fique mais acessível aos compradores, incentivando essas transações. “Acredito que serão fortemente beneficiados aqueles que produzem sal refinado na região de Natal, pois para eles não é vantajoso levar parte do produto para ser embarcada em Pecém, no Ceará”, exemplifica Torres.
Boas expectativas com uma linha de cabotagem a partir de Natal são demonstradas também pelo diretor da Cooperativa dos Fruticultores da Bacia Potiguar (Coopyfrutas), Francisco Vieira da Costa. Entretanto, ele ressalta que só serão provocadas mudanças positivas para os fruticultores potiguares, caso o transporte marítimo seja acompanhado de um bom planejamento logístico, uma vez que os produtos são perecíveis e o tempo de entrega é um fator decisivo para garantir a qualidade dos produtos. “Um caminhão leva de quatro a cinco dias para chegar em São Paulo e é necessário cumprir prazos rígidos, porque o nosso produto se estraga com facilidade. Para utilizarmos a via marítima, precisamos de garantia que o tempo de transporte será o mesmo ou inferior ao que é visto hoje, com os caminhões”, afirma Vieira.

Fonte: Tribuna do Norte (RN) Natal


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