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Inteligência nacional a bordo

Marinha desenvolve sistema de controle tático e de armas para a Armada com tecnologia de ponta

A Marinha brasileira vem aperfeiçoando o desenvolvimento de sistemas de controle tático e de armas para seus navios de guerra. Com isso, o percentual de conteúdo nacional utilizado nos componentes desses sistemas vem crescendo e já está na faixa dos 60%. A Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, em parceria com a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) e a Consub, desenvolve e aperfeiçoa um sistema de controle tático e de armas (Siconta), com tecnologia de última geração. O destaque é que a inteligência desse sistema é totalmente desenvolvida por brasileiros.

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— Alguns componentes deste sistema são importados, mas o primordial é que o software e a inteligência do sistema são totalmente desenvolvidos no Brasil. O hardware possui alguns componentes que são importados porque ainda não são fabricados no país — conta o capitão-de-Mar-e-Guerra, Antonio Louro, da unidade operacional de sistemas navais navais da Emgepron.

O sistema consiste em receber informações de todos os sensores e processá-los, calculando rumos, velocidades e outros dados. Essas informações são apresentadas num console tático ao comando do navio, onde é tomada a decisão de engajar os alvos determinados e o armamento a ser utilizado. “Uma vez designado o alvo e o armamento, o sistema de controle de armas vai controlá-las para abater o alvo/inimigo”, explica o comandante Louro.

Esse é um sistema de controle tático e de armas e possui um elevado grau de modularidade, sendo configurável para instalação em praticamente qualquer tipo de navio ou submarino, conforme pedido do usuário. Entre as características desses sistemas estão: o porte compacto, a simplicidade de operação e a escalabilidade. Atualmente, a Marinha do Brasil trabalha no Siconta Mk IV para o navio-aeródromo São Paulo. A Marinha já desenvolve também o Siconta Mk V, que será implementado nos navios-patrulha da classe Macaé. O primeiro Siconta foi implantado no navio-aeródromo Minas Gerais. O Mk II foi instalado em seis fragatas da classe Niterói (F-40, F-41, F-42, F-43, F-44 e F-45). Já o Siconta Mk III ficou com a corveta Barroso.

O comandante Louro explica que o tempo de desenvolvimento de cada sistema é relativo, pois depende da complexidade de cada demanda. Dos cinco sistemas, os mais complexos foram os Mk II e III (fragatas e corveta). Ele destaca que o projeto continuará em desenvolvimento. “Estamos elaborando uma nova versão do Siconta. Cada vez vamos incorporando novas técnicas e novos desenvolvimentos. Isso significa independência nossa em relação aos fabricantes internacionais”, afirma o comandante.  n



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