A AP Moller-Maersk, maior empresa de transporte naval de contêineres do mundo, mais que triplicou o lucro líquido no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2019, com o aumento das taxas de frete e menores custos compensando o recuo do volume transportado, prejudicado pela pandemia de covid-19.
O lucro líquido subiu de US$ 141 milhões para US$ 427 milhões, superando a média das estimativas de analistas ouvidos pela consultoria FactSet, de US$ 281 milhões. A receita, por sua vez, caiu 6,5%, para US$ 9 bilhões, mas ficou acima da expectativa média de US$ 8,7 bilhões.
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“Nós retiramos 20% da capacidade e isto nos economizou custos e impulsionou as taxas de utilização”, disse o diretor-presidente da Maersk, Søren Skou. “A gente administrou nossa rede assim como a UPS e a FedEx, ajustando a capacidade à demanda.”
Responsável por movimentar em torno de 17% de todos os contêineres do mundo, a empresa voltou a divulgar projeções financeiras, depois de suspendê-las em março por conta da pandemia de covid-19. Ela estima agora que o lucro operacional fique entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões, acima da projeção inicial, de US$ 5,5 bilhões.
A empresa informou ainda que o crescimento orgânico do volume de cargas transportadas deve ficar em linha, ou levemente abaixo, do aumento médio que o segmento deve apresentar este ano.
“Estamos sendo beneficiados pelos consumidores nos Estados Unidos e pacotes de estímulos, com mais dinheiro sendo gasto em bens para reforma de residências, agora que as pessoas gastam menos em serviços como viagens, restaurantes e entretenimento”, disse o diretor-presidente da Maersk.
Fonte: Valor