Promotores entraram com uma ação civil contra a gigante dinamarquesa Maersk, alegando esquemas de corrupção para a obtenção de contratos de transporte com a Petrobras
Conforme relatado pela Reuters na sexta-feira (11), promotores entraram com o processo contra a Maersk e ex-executivos que representam a empresa, solicitando que um juiz congele quase R$ 1 bilhão (cerca de US$ 197,4 milhões) em ativos, a fim de garantir que os fundos estejam disponíveis para pagar danos resultantes do alegado esquema.
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De acordo com a Reuters, os promotores afirmam que há evidências de pagamentos de suborno a funcionários da Petrobras em troca de informações privilegiadas que permitiram à Maersk garantir contratos de transporte entre 2006 e 2014.
A agência de notícias acrescentou que ex-funcionários da Petrobras também foram incluídos na ação.
Em uma declaração enviada por e-mail à revista Offshore Energy, um porta-voz da Maersk disse: “Levamos essas alegações muito a sério e continuamos comprometidos em cooperar com as autoridades durante a investigação, bem como em conduzir nossos negócios em conformidade com as leis anticorrupção em todos os locais de operação”.
O porta-voz também acrescentou que, por se tratar de um litígio ativo, a Maersk não fará mais comentários sobre o caso.
Esse processo é o mais recente da Lava Jato.
A empreiteira de perfuração offshore Seadrill e a prestadora de serviços de campos petrolíferos Sapura também estão sendo investigados no âmbito da Lava Jato.