A Maersk Line, maior armador de contêineres do mundo, apresentou queda de 61% no lucro no terceiro trimestre frente o mesmo período de 2014, fechando em US$ 264 milhões. O volume de contêineres transportados pela companhia no período cresceu 1,1%, de 2,401 milhões de contêineres de 40 pés (chamado internacionalmente pela sigla Feu) para 2,427 milhões de Feus. A média dos valores de fretes, contudo, caiu 19% devido à fraca demanda, excesso de capacidade no mercado da navegação e intensa competição, disse a empresa, o que impactou significativamente os resultados da companhia de origem dinamarquesa.
A receita no terceiro trimestre caiu 14,9%, para US$ 6,018 bilhões. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira, em âmbito mundial.
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“Nosso resultado no terceiro trimestre é claramente menos do que satisfatório. Está baseado muito na fraca demanda e nos baixos fretes. Vamos acelerar os esforços para eliminar custo e reduzir a capacidade para aumentar a utilização da nossa rede”, disse Søren Skou, presidente da Maersk Line.
Na semana passada, a Maersk Line, maior empresa do grupo Maersk, já havia dito que irá reduzir sua capacidade e adiar investimentos em novos navios, para cumprir a missão de crescer ao menos em linha com o mercado. A empresa deve eliminar pelo menos 4 mil dos 23 mil postos que mantém ao redor do mundo até 2017, mas não especificou onde. O Valor entrou em contato com a assesssoria da Maersk Line no Brasil para saber como a região será afetada, mas a empresa não soube precisar o impacto no Brasil neste momento. Com as demissões, a Maersk Line pretende reduzir os custos administrativos anuais em US$ 250 milhões.
“Estamos em uma jornada para transformar a Maersk Line. Vamos tornar a organização mais enxuta e mais simples”, disse Skou
Fonte: Valor / Fernanda Pires