Um navio que fazia transporte de combustível para abastecer embarcações atracadas no Porto de Vitória passou cinco horas encalhado, ontem, à direita do canal de acesso ao Porto de Vitória, nas proximidades da Terceira Ponte. De acordo com a Capitania dos Portos do Espírito Santo, o incidente aconteceu após a embarcação ter se desviado de um pequeno barco de pesca.
“Pelo que averiguamos, o comandante teria desviado o navio do barco para evitar um acidente, e, com isso, acabou saindo do canal”, informou o Comandante da Capitania dos Portos do Espírito Santo, Márcio Fonseca.
O navio em questão é o SM Apollo, que realiza o transporte de combustível no litoral para os portos de Vitória, Tubarão e Capuaba. Ele estava carregado com óleo pesado destinado à navegação marítima. A Codesa chegou a enviar duas embarcações rebocadoras, mas, por volta de 15h30, com a maré cheia, o navio desencalhou.
O incidente provocou a paralisação das atividades no porto entre 10h – horário em que ocorreu o incidente – e 15h30 de ontem e impediu a atracagem de um navio que seria carregado de granito, às 11h.
A Capitania dos Portos informou que no local é permitida a circulação de barcos de pesca, mas eles precisam cumprir as determinações do Regulamento da Navegação.
Punição
O órgão abriu inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar o ocorrido e saber dos possíveis responsáveis. O prazo para conclusão é de 90 dias. Nele será, de fato, confirmado se houve erro humano ou mecânico. Se for identificado como responsável, o comandante da embarcação poderá, até mesmo, perder sua licença. (Frederico Goulart)
Mais de 150 navios por mês passam por canal
Por mês, passam pelo canal de Vitória entre 150 e 200 embarcações de diferentes tamanhos. Esse total representa uma média diária que varia entre cinco a sete embarcações. Somando, ao todo, 10 a 14 viagens são feitas pelos práticos – responsáveis por fazer o transporte dos navios pelo canal. Em Vitória, o canal é estreito, sinuoso e limitado por pedras, o que torna o grau de dificuldade da manobra elevado e ser considerado um dos mais difíceis do mundo.
Fonte: A Gazeta Viitória (ES)
PUBLICIDADE