Quatro associações marítimas anunciaram, durante a Electric C Hybrid Marine World Expo, realizada em Amsterdã, de 24 a 26 de junho, uma coalizão dedicada a acelerar a eletrificação do transporte marítimo: a Global Alliance for Maritime Electrification (GAME), formada pela International Electric Marine Association (IEMA), a Zero Emission Ship Technology Association (ZESTAs), a Maritime Battery Forum (MBF) e a European Onshore Power Supply Association (EOPSA).
Adria Jover, presidente da IEMA, explicou que há grande potencial para acelerar soluções que levem à emissão zero em navios de transporte de carga e de passageiros, de apoio, balsas e outros. Segundo ele, ao se associarem, as organizações buscam juntar seus esforços para ampliar a defesa da eletrificação e buscar melhores resultados na transição para uso de energias limpas.
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A GAME definiu a eletrificação como o “caminho mais imediato e indicado para reduzir as emissões” no transporte marítimo, mas alertou que sua adoção vem sendo prejudicada pela fragmentação de políticas e problemas de infraestrutura e subfinanciamento de projetos para aumentar a segurança para o uso da eletricidade em embarcações. "A eletrificação é fundamental: zero gases do efeito estufa, zero poluição, zero danos ao planeta”, disse Madadh MacLaine, secretária-geral da ZESTAs.
A nova coalizão industrial se baseia em três pilares estratégicos: representação da indústria, colaboração em P&D e defesa de políticas para o setor. “As baterias são essenciais para o transporte com zero emissão, mas devem trabalhar em conjunto com outras tecnologias limpas”, disse Syb ten Cate Hoedemaker, diretora executiva do Fórum de Baterias Marítimas. “Essa colaboração é a forma como garantimos uma transição eficaz e oportuna”, afirmou.
O primeiro passo da associação será produzir em conjunto documentos de posicionamento e para expandir o engajamento em regiões estratégicas, incluindo América do Norte, Europa, Índia, China e Pacífico Sul. "A eletrificação de portos e embarcações não é uma visão para o futuro. É uma realidade acionável. O fornecimento de energia onshore é uma das ferramentas mais imediatas na caixa de ferramentas da descarbonização", enfatizou Roland Teixeira, presidente da EOPSA.