Os piratas dos rios fizeram mais uma vítima. Uma balsa foi assaltada na região de Itacoatiara, em Manaus, na semana passada, e os criminosos roubaram 250 mil litros de combustível. No total, segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), já foram mais de 780 mil litros de combustíveis roubados em ações dos piratas na região Norte do país este ano.
Um dos grandes problemas enfrentados pelo setor fluvial é a necessidade de maior integração entre poderes público e privado para fortalecer a inteligência e o monitoramento das hidrovias no Norte do Brasil, em virtude de roubos de piratas de rios que causam prejuízo de mais de R$ 100 milhões por ano.
O aperfeiçoamento dos órgãos de segurança para fiscalização ativa das vias fluviais e o fortalecimento das leis para penalização de atos ilícitos são pedidos pelo ICL.
Os grupos criminosos abordam as balsas e fazem a drenagem dos tanques, levando o produto para as cidades ribeirinhas. Usam o combustível roubado, diesel e gasolina, para promover o abastecimento de veículos usados em ações ilegais, incluindo aviões para transporte aéreo de drogas que vêm da Colômbia e da Venezuela, por exemplo.
O transporte aquaviário não conta ainda com uma polícia dedicada à fiscalização; falta monitoramento das embarcações, até para dar mais garantia de previsibilidade ao abastecimento.
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