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SC discute projeto para produção de navios autônomos no Brasil

Instituições e empresas catarinenses apresentaram um projeto que pode dar início à produção de navios autônomos no Brasil, para fins comerciais ou militares — neste caso com foco na vigilância e controle de derramamentos de petróleo. Diretores da Secretaria de Tecnologias Aplicadas (Setap) do Ministério de Ciência e Tecnologia ouviram dos representantes dessas instituições, que os navios autônomos fazem parte de uma revolução disruptiva no setor marítimo mundial. Na reunião, que ocorreu no começo do mês, eles destacaram que a introdução da inteligência artificial, IoT, Big Data e Deep Learning em embarcações fazem parte de um dos maiores esforços da indústria marítima a nível mundial para tornar a navegação marítima mais segura.

O projeto prevê ainda a pesquisa da propulsão totalmente elétrica e com tecnologia nacional. A iniciativa é liderada pela American Ocean, uma​ startup​ de tecnologia naval com sede em Florianópolis (SC). O Senai-SC Sapiens Parque, Núcleo de Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Lamarca Engenharia Naval, com sede em Itajaí, integram o grupo. Parlamentares de Santa Catarina se comprometeram a trabalhar num projeto de lei para regular esta atividade no Brasil e evitar que o setor sofra com barreiras desnecessárias. A ideia é, paralelamente, permitir que os trabalhadores possam se adaptar a estas mudanças e venham a fazer parte das novas oportunidades que vierem a ser criadas.

O grupo defende que a navegação autônoma vai gerar oportunidades e maior qualidade de vida para os marítimos, e não exterminar com as profissões. Eles alegam que, apesar da diminuição de tripulantes ou mesmo da sua eliminação no futuro, centros de controle remoto precisarão ser criados. Além disso, os técnicos e engenheiros de máquinas poderão fazer as manutenções de todos os níveis (preditivo, preventivo e corretivo), no próprio cais quando atracados ou mesmo embarcando através de lanchas de apoio. Os equipamentos serão monitorados em terra e, caso apresentem defeitos, elementos de redundância (substituição) entrarão automaticamente em ação.

Os defensores do projeto citaram o navio Stellar Banner, carregado com minério de ferro, que encalhou na costa do Maranhão em 26 de fevereiro. Eles acreditam que, mesmo tripulado, o navio jamais teria passado pelos obstáculos que constam na carta de navegação caso tivesse meios da chamada “navegação inteligente”. Estatísticas de seguradoras e institutos de pesquisa apontam que a principal causa de acidentes marítimos são erros de origem humana: em média, até 85% dos casos.

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