A Trafigura Group, líder de mercado na indústria global de commodities, concluiu com sucesso sua primeira transferência de amônia ship-to-ship (STS). O evento ocorreu na semana passada em águas internacionais perto do Porto de Ceuta, no Estreito de Gibraltar.
Aproximadamente seis mil toneladas métricas de amônia (NH3), fornecidas pela CF Industries de seu complexo de fabricação em Donaldsonville, Louisiana, foram transferidas com segurança entre o Green Power Medium Gas Carrier "MGC", de propriedade do armador/operador Purus em fretamento por tempo para a Trafigura, e o Small Gas Carrier "Gas Aegean". A remessa será recebida pela Fertiberia para a produção de fertilizantes.
A operação STS foi conduzida pela International Fender Provider (IFP) em conformidade com as regulamentações atuais. As transferências STS são comumente usadas para outras commodities para carregar carga em embarcações mais adequadas para entrega ao destino, no entanto, até recentemente, não foram adotadas pela indústria de amônia.
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“Nossa primeira transferência segura e eficiente de amônia de navio para navio dá suporte à nossa crescente atividade de negociação de amônia. Mais importante, ela demonstra a viabilidade do abastecimento de amônia no futuro, à medida que a demanda por combustíveis de baixo carbono baseados em hidrogênio cresce, o que permitirá que a indústria de transporte marítimo se descarbonize ”, disse Andrea Olivi, chefe de frete úmido da Trafigura.
Em maio de 2024, a Trafigura assinou um contrato para quatro navios que serão capazes de usar amônia de baixo carbono como combustível de propulsão. As embarcações serão construídas no HD Hyundai Mipo Dockyard em Ulsan, Coreia do Sul, com o primeiro navio a ser entregue em 2027.
A Trafigura é uma das maiores fretadoras de embarcações do mundo, responsável por mais de cinco mil viagens por ano, com cerca de 400 navios atualmente sob gestão. A empresa se comprometeu a reduzir a intensidade de gases de efeito estufa de sua frota de transporte em 25% até o final do ano fiscal de 2030, em relação à referência da IMO de 2019. Desde 2020, a Trafigura lidera campanha para que a indústria pague uma taxa global de carbono sobre combustíveis marítimos para incentivar e acelerar a adoção de combustíveis de baixo carbono.
