Transporte seguro

Foto: Ronaldo Silva Jr.

Apesar da estagnação dos preços, retomada naval pós-crise e manutenção do volume de fretes de cargas motiva seguradoras a apostar no segmento marítimo

PUBLICIDADE

Ecobrasil


Além de prezar pela qualidade do serviço e pelo prazo da entrega, o transporte marítimo requer uma importante engenharia no que diz respeito ao seguro da carga. A sinistralidade reúne uma série de riscos que envolvem esse modal e pode ter importante influência sobre a demanda transportada e sobre os preços de seguridade. Após a crise econômica mundial iniciada no final de 2008, as encomendas marítimas vêm se mostrando um mercado atrativo não somente para os importadores e exportadores, mas também para as seguradoras. A avaliação dessas empresas é que o setor marítimo foi pouco atingindo pelos efeitos da crise. Mesmo com aparente estagnação dos preços, a oferta de planos para proteção dos fretes vem crescendo paralelamente ao aumento do comércio, o que tem chamado a atenção das seguradoras — muitas delas com divisões voltadas para atender a esse segmento. Além disso, os porta-contêineres vêm aumentando de capacidade para transportar volumes maiores, o que pode elevar os riscos de segurança das cargas. Esse é um dos prováveis fatores que têm levado os donos de mercadorias a procurar por seguros.

Ricardo Guirão, gerente de Transportes da AON Risk Solutions, observa que, tradicionalmente, o Brasil possui um crescimento lento quanto à aquisição de seguros de cargas. No entanto, ele verifica que esse cenário tem se modificado nos últimos cinco anos. Guirão atribui essa tendência à cultura de contratação de seguros trazida pelas empresas estrangeiras, ao maior volume de condições e a um movimento do mercado segurador mais organizado. “O aumento da demanda está relacionado ao conhecimento do risco. Um forte argumento é a presença de multinacionais, que puxam esse know how de já ter essa política de contratação de seguros no exterior e elas seriam expandidas paras as filiadas no Brasil. As empresas percebem a vulnerabilidade de riscos e, cada vez mais, aderem à contratação de seguros”, analisa.

Guirão nota que, após a crise, houve a manutenção da carteira dos transportadores, que são obrigados por lei a contratarem seguros. Em contrapartida, o maior volume de transportes tem impactado diretamente no aumento da contratação de seguros e no volume de prêmios. Ele explica que, além dos seguros obrigatórios aos transportadores, têm crescido as contratações dos seguros facultativos aos donos de mercadorias. “Como não existe uma lei que obrigue a contratar esse seguro, tem havido um crescimento da contratação. Porém, é um seguro que as empresas aderem por livre e espontânea vontade”, ressalta.

De acordo com Guirão, o seguro de transportes, incluindo todos os modais, ainda não representa nem 3% do volume total de seguros no Brasil, cujo ranking é liderado pelas coberturas das áreas de saúde e de automotivos. “As empresas estão ganhando a cultura de contratação e o crescimento é tímido”, avalia. Ainda assim, a carteira representa cerca de 17% das atividades da AON no Brasil, segundo o gerente de Transportes da empresa.

Independentemente do crescimento, as seguradoras estão confiantes com a retomada da economia pós-crise econômica mundial, apesar de certa estagnação verificada nos preços. Essa é a tendência apresentada pelos prêmios para a carteira marítima, que apresentou recuperação nos últimos dois anos. Nos últimos 12 meses, o crescimento nominal desses prêmios para seguros marítimos atingiu os 38%, chegando a 64% nos últimos seis meses, e a 17% nos três últimos meses. De janeiro a maio deste ano, os prêmios emitidos de seguros para o setor marítimo totalizaram R$ 139 milhões, um crescimento de 71% sobre os R$ 81 milhões de prêmios para o segmento no mesmo período de 2010. Com isso, a participação da carteira marítima nos seguros aumentou de 0,5% para 0,8%, na mesma base de comparação, segundo a resenha do resultado do mercado de seguros da Siscorp Sistemas Corporativos.

Para Felipe Smith, diretor técnico corporate da Tokio Marine, os fatores que mais influenciaram as taxas do seguro de transportes marítimos nos últimos três anos foram a abertura do mercado de resseguro, o aumento da concorrência entre as companhias que atuam nesse segmento, a variação cambial e, em menor escala, a diminuição do volume de carga transportado, sobretudo durante a crise de 2008/2009.

O executivo acredita que a diminuição do volume de cargas transportadas durante o período de crise contribuiu menos para a redução das taxas do que a concorrência intensa entre as companhias. “Isso [concorrência] tem sido muito mais impactante nas taxas do que a crise passada, de modo que não acreditamos que as taxas retornarão aos níveis praticados há três ou quatro anos, o que é de certa forma preocupante”, alerta.

Smith afirma que a carteira de transportes da Tokio Marine, sobretudo o transporte marítimo internacional, vem apresentando crescimento nos últimos dois anos. Ele lembra que a maioria das seguradoras foi afetada em 2008. “Como o setor logístico é muito sensível a qualquer crise econômica, já que é influenciado diretamente pelos níveis de produção e consumo, de maneira geral, as carteiras de transportes da maioria das companhias seguradoras também foram afetadas em 2008”, explica.

Um dado relativamente novo e que vem se acentuando nos últimos anos é a crescente quantidade de navios de grande porte. Cada vez maiores, os porta-contêineres, que transportam mercadorias de grande valor agregado, aumentam os riscos para as seguradoras. A preocupação neste caso, segundo Smith, é a maior exposição da seguradora porque, caso ocorra um eventual sinistro, as perdas podem ser bem maiores. “No que se refere exclusivamente ao tamanho do navio o impacto é pequeno ou quase inexistente. Todavia, fatores como ano de fabricação e idade do navio, sua bandeira, sociedade classificadora e tonelagem influenciam muito na taxa a ser aplicada para o risco”, conta.

 

Resseguro. Uma das medidas reivindicadas pelo setor de transportes, a abertura do resseguro, trouxe prós e contras para a economia. Isso porque o país deixou de ter um único ressegurador, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), melhorando as condições das seguradoras, mas trazendo o risco de permitir que as divisas saiam do país. Ricardo Guirão, da AON, explica que essa mudança foi positiva no seguro de transportes, mas lembra que os contratos das seguradoras com o IRB já atendiam a quase 80% da demanda do mercado, considerando que poucas operações necessitavam de limites superiores à capacidade do IRB. No entanto, segundo Guirão, as empresas ficavam sujeitas as taxas praticadas pelo IRB. “O antigo ressegurador dava condições, mas praticava taxas de risco inviáveis para qualquer operação”, afirma.

Ele destaca que a abertura do mercado causou uma disputa comercial mais forte e que permite um pool de resseguro entre os resseguradores que estão dentro e fora do Brasil. No entanto, ele alerta que pode haver um esvaziamento da colocação de seguros no Brasil, principalmente nos riscos de importação. “Com a abertura de mercado, alguns resseguradores começaram a transferir riscos para fora do país. Isso não foi positivo em termos de retenção de prêmios no Brasil porque muitos dos prêmios estabelecidos dentro das seguradoras brasileiras acabaram saindo do país.” Guirão diz que a questão está sendo analisada pelo governo e discutida pelas seguradoras junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Temos recebido parecer do mercado segurador (Federação Nacional de Seguros - Fenaseg) dizendo que empresas não podem contratar seguro fora do país, porém não existe nenhuma proibição de o importador agir dessa forma”, acrescenta.

 

Sinistralidade. Um dos atenuantes dos preços dos serviços de proteção das cargas é a sinistralidade, que corresponde à quantidade de acidentes num determinado período. Se há muitos sinistros e as seguradoras gastam muito com ressarcimentos aos segurados, seus lucros diminuem e elas compensam isso aumentando o preço do seguro (prêmio). De acordo com Smith, da Tokio Marine, a sinistralidade para os seguros de transportes internacionais, sobretudo no modal marítimo, vem se mantendo em patamares aceitáveis nos últimos cinco anos. Ele diz que esse é um dos fatores que mais atrai as seguradoras para esse segmento, o que acaba indiretamente aumentando a concorrência. “A competitividade é o principal fator da redução das taxas do seguro de transportes marítimos internacionais e, em especial no caso do Brasil, essa competitividade teve um combustível a mais que foi a abertura do mercado de resseguro”, ressalta.

O diretor técnico corporate da Tokio Marine destaca que, de modo geral, a redução das taxas para o segmento de transportes internacionais ainda não comprometeu os resultados técnicos, ou seja, os níveis de sinistralidade ainda são suportáveis frente à arrecadação de prêmio. Segundo ele, isso deve-se ao cuidado e aos padrões logísticos exigidos de todos os agentes que atuam no transporte marítimo internacional. No entanto, a seguradora teme que as taxas sigam em queda, visto que a sinistralidade média da carteira de seguros de transportes internacionais tem se mantido sem muitas alterações nos últimos anos. “Acreditamos que, se as taxas continuarem a cair nos mesmos percentuais que caíram nos últimos quatro anos, em curto prazo o resultado com certeza estará comprometido”, diz Smith.

Em alguns casos, a saída pode ser o gerenciamento de risco. Segundo Smith, essa prática depende do tipo de mercadoria e de operação. Ele explica que é comum que as companhias especializadas em seguros de transporte exijam de seus clientes a aplicação dessas regras de gestão para reduzir a probabilidade de ocorrência de avarias, principalmente durante os processos de operação de carga e descarga, bem como nos percursos rodoviários preliminares e complementares.

Segundo Smith, a Tokio Marine espera que não haja queda nos preços, visto que eles estão em patamares considerados baixos. “Uma queda ainda maior poderá inviabilizar a carteira de seguro de transportes internacionais, uma vez que a sinistralidade não cai na mesma proporção, por mais que as práticas de gestão de risco sejam efetivas e eficientes”, comenta.

Para o diretor de Riscos Especiais da Marítima Seguros, Claudio Saba, a tendência é de que as taxas de sinistralidade caiam, por conta dos investimentos em infraestrutura e recursos tecnológicos. Com isso, o mercado como um todo ganharia e o Brasil também conquistaria mais competitividade na esfera global. Segundo Saba, o processo de subscrição do risco deve ser feito de forma correta, observando as condições do embarque e considerando portos de origem, tempo de viagem, embalagem e transbordos. “Com a perspectiva de mais investimentos, tanto pelas instâncias de governo, quanto da iniciativa privada no setor, a tendência é de que o incremento tecnológico e da capacidade operacional tragam ainda mais condições para que possamos oferecer modalidades de seguros competitivas que contribuam para que o mercado de cargas marítimas ingresse numa nova onda de resultados positivos”, prevê.

Saba destaca que o mercado internacional apresenta volumes de crescimentos consideráveis, em função de fatores diversos. Para o executivo, a realização de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas trará investimentos e novos negócios para o Brasil. Ele acredita que poderão crescer no segmento de importação operações denominadas DSU (Delay Start Up), que garantem indenização em decorrência de atraso da obra em função de um sinistro com cobertura na operação de transportes.

Humberto Marques Siqueira, diretor comercial corporativo da Bradesco Auto/RE, lembra que a crise econômica mundial atingiu de forma acentuada o setor industrial, reduzindo sensivelmente a produção de bens de consumo e a demanda por matéria- prima. Nesse cenário, a movimentação de cargas (produtos acabados e matéria-prima), foi uma das primeiras a se retrair, com consequências diretas no frete marítimo e, por conseguinte, no seguro de transportes de carga. Siqueira aponta que a recuperação da economia em 2010 mudou o cenário, gerando intensa movimentação de carga por via marítima, principalmente pelos mercados emergentes, como o Brasil, e o contínuo crescimento da China. Nesse período, foi verificado aumento da demanda do seguro de transportes (importação e exportação), principalmente para os setores de siderurgia, automobilístico, grãos e alimentos em geral.

De acordo com Siqueira, o mercado sinaliza aumento das operações de frete marítimo, principalmente equipamentos para atender aos segmentos de infraestrutura, óleo e gás. “Estamos atentos também à qualidade das embarcações utilizadas por nossos clientes, seja pela capacidade embarcada, na qual haverá mais exposição da seguradora em função da necessidade de disponibilizar limites que garantam a totalidade da carga embarcada, seja pela rotina de manutenção a que os equipamentos estejam submetidos. Esses pontos, dentre outros, afetam diretamente o custo final do seguro”, explica.

O presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, avalia que o custo de seguro é relativamente pequeno em relação aos demais relacionados ao comércio internacional. Segundo Castro, a exceção fica por conta de algumas regiões como o Norte da África e o Oriente Médio, alvos da pirataria, que acontece em países como a Somália, além de revoluções locais. “É claro que tem peso, mas é um custo relativamente pequeno neste momento. Nos últimos anos, tem ficado mais ou menos estabilizado”, afirma.

O dirigente da AEB ressalta que os Estados Unidos e Europa não tiveram impactos significativos nos seguros de cargas. No entanto, Castro observa que, em ambos os casos, os países ainda se recuperam da crise e que os norte-americanos reconhecem que esse processo é lento. Ele lembra que o governo dos EUA ainda precisa recuperar-se em aproximadamente 8% para chegar a patamares próximos ao de setembro de 2008, quando a crise eclodiu.

Castro explica que, quando o comércio começa a crescer muito, pode haver um movimento de alta nos custos. Entretanto, ele destaca que o cenário atual não possui movimentações como as verificadas no período pré-crise econômica mundial. “Nesse momento, não existem demandas com níveis explosivos como até setembro de 2008. O mundo está mais confortado”, analisa. O presidente em exercício da AEB diz também que as quedas de desempenho apresentadas são relativamente pequenas, o que representa certa estabilidade para a economia. Com isso, ele acredita que não há uma tendência de elevação nos preços dos seguros. A Brasil Foods, atual razão social da Perdigão após a associação entre a empresa e a Sadia anunciada em 2009, avalia que os impactos do custo do seguro de cargas marítimas são na ordem de 0,1% do valor da mercadoria. O diretor de Logística Internacional da BRF, José Lourenço Perottoni, comemora que a taxa de sinistralidade das cargas da empresa praticamente não tem impactado nos custos. “Nossa taxa está em níveis baixíssimos, na casa de 0,003%”, destaca. Perottoni conta que a BRF não sofreu grandes impactos relacionados às taxas de seguros de cargas marítimas nos últimos anos, mesmo com a queda na produção e nas exportações mundiais no pós-crise de 2008.

“Os valores dos fretes praticamente já retornaram aos patamares do período pré-crise. O que ainda preocupa é a alta do petróleo que reflete no frete e em outras taxas”, afirma. Para os próximos anos, o valor do seguro terá impacto na composição de custo da BR Foods. Entretanto, Perottoni diz que não há nada que evidencie piora neste quadro. “Cenários de instabilidade são pontuais e localizados, sem influência no comércio global”, observa.

Outro reflexo apontado por Castro, da AEB, sobre essa estagnação nos preços dos seguros de cargas marítimas é o aumento da competitividade das seguradoras, o que pode ser bom para os exportadores. Segundo o presidente em exercício da AEB, os vendedores tornaram-se mais exigentes quanto a menores custos e à abrangência dos seguros.

Em relação às taxas de sinistralidade, Castro estima que elas também venham sofrendo poucas alterações. Em contrapartida, ele destaca que esse é um fator que sempre desperta atenção das seguradoras. “No momento em que se tem um novo sinistro, há redução de receitas [das seguradoras]. Qualquer sinistro representa custos para as seguradoras”, avalia.

Atratividade. Mesmo com a queda nos preços das taxas de seguros, a concorrência pode explicar a atratividade das seguradoras pelo setor marítimo. O momento atual das taxas tem correspondido, em boa parte dos casos, a uma aposta interessante para essas companhias. “O interesse é grande exatamente por conta de essa carteira ainda apresentar um resultado equilibrado, diretamente influenciado pelos padrões de qualidade exigidos dos agentes que operam no setor de transportes internacionais”, explica Smith.

Na avaliação da Tokio Marine, o cenário de crescimento do mercado segurador, de maneira geral, deve continuar nos próximos anos. O aumento da balança comercial brasileira, principalmente nas importações e salvo a não ocorrência de nenhum fato político ou econômico que afete sobremaneira o comércio exterior, deve continuar nos próximos anos, segundo visão da seguradora.

Amílcar Spencer Fryszman, gerente de Transportes da Chubb do Brasil, destaca que o setor marítimo é um dos carrS-chefe da seguradora. Ele observa que, apesar de o valor das commodities estar crescendo, a sinistralidade tem ficado sob controle e o mercado está bastante disputado. “A expectativa é grande nesse setor. Estamos sempre atentos, são valores bastante elevados. O mercado está em ebulição e bastante concorrido. A crise não afetou significativamente a demanda”, analisa. Fryszman destaca que a crise afetou pouco o setor marítimo, atingindo mais fortemente o agenciamento e o transporte físico.

Ele explica que os seguros para o segmento geralmente são estabelecidos em médio prazo. Além disso, ele ressalta que a recuperação dos efeitos da crise foi mais rápida no Brasil. Segundo o executivo, é um mercado bastante competitivo a nível nacional e internacional, o que exige capacidade em termos de resseguro muito grande. Fryszman conta que existem contratos bastante complexos dessas coberturas, visto que as operações estão cada vez mais complexas e o mercado está muito disputado. “Pode haver tanto uma carga de um cliente valendo US$ 10 milhões, como 10 cargas de 10 clientes no mesmo valor”, exemplifica.

Os seguros de carga marítima, em sua maior parte internacionais, são importantes para o comércio internacional porque dão garantia tanto ao vendedor quanto ao comprador e ao dono do navio de que qualquer eventualidade não significa a perda de valor relativo ao bem segurado. Os seguros de cargas marítimas, assim como os demais seguros, sofrem variação nos prêmios de acordo com fatores de mercado, como o nível de sinistralidade e a demanda pelos seguros.

Claudio Saba, diretor de riscos especiais da Marítima Seguros, atribui a baixa nas taxas à competição do mercado segurador. Mesmo assim, ele destaca que as perspectivas são boas. Ele cita a previsão de o governo federal investir cerca de R$ 7,5 bilhões em portos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, ele faz referência a dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que indicam que os portos públicos e terminais de uso privativo (TUP) movimentaram 833 milhões de toneladas em 2010, índice 13,7% superior ao registrado em 2009 e um recorde histórico em movimentação de cargas. Outro dado animador, segundo Saba, é que as cargas operadas por Santos somaram US$ 95,8 bilhões, refletindo incremento de 29,45% em relação a 2009. “Na negociação, a seguradora tem de estar preparada para atender a essa demanda com produtos adequados às necessidades do cliente”, avalia.

De acordo com o executivo, por ser uma carteira lucrativa, as taxas estão cada vez mais competitivas e podem ocasionar problemas, caso o prêmio cobrado possa não ser suficiente para um eventual aumento na sinistralidade. “O cenário das operações de seguro de transporte internacional (importação e exportação) são atualmente os mais competitivos no mercado, em função do resultado das operações (índice de Sinistro Prêmio)”, diz.

A Tokio Marine também avalia que há boas perspectivas no segmento marítimo nos próximos anos. “Os grandes eventos esportivos que vão ocorrer no país, os investimentos em infraestrutura, o aumento do consumo interno e os investimentos de diversos setores na ampliação de seus parques industriais elevam a demanda por frete marítimo e consequentemente por seguro de transportes, sobretudo para as importações feitas por esse modal”, avalia Smith.

 



Yanmar

      GHT    Antaq
       

 

 

Anuncie PN

 

  Sinaval   Assine Portos e Navios
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira