A Vale e a Petrobras, por meio da Petrobras Singapore, realizaram na última terça-feira (22) o abastecimento do navio graneleiro Luise Oldendorff com VLS B24, combustível marítimo contendo 24% de biodiesel de segunda geração, em operação conjunta com a Oldendorff Carriers no porto de Singapura. O combustível, desenvolvido pela Petrobras Singapore, é composto por 76% de óleo combustível fóssil proveniente de refinarias do Sistema Petrobras e 24% de UCOME, biocombustível obtido a partir do processamento de óleo de cozinha usado adquirido na região. A iniciativa marca mais uma etapa da parceria estratégica entre as duas empresas no avanço da descarbonização.
O produto utilizado possui certificação ISCC EU, garantindo conformidade com critérios rigorosos de sustentabilidade ao longo de toda a cadeia logística do biocombustível. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o projeto reforça o compromisso da estatal com a entrega de soluções sustentáveis ao mercado e a meta de aprimorar sua estrutura logística e capacidade produtiva. Já o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a mineradora avalia cenários para descarbonização do transporte marítimo e busca soluções multicombustíveis para suas embarcações, com apoio da Petrobras nesse processo.
PUBLICIDADE
Os testes com combustíveis alternativos integram uma série de medidas adotadas pela Vale para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo, setor que representa parcela significativa das emissões de escopo 3 da empresa. A Vale tem como meta reduzir em 33% as emissões dos escopos 1 e 2 até 2030 e 15% do escopo 3 até 2035. Para a Petrobras, a comercialização do bunker com conteúdo renovável está alinhada à estratégia de desenvolvimento de novos produtos e soluções de baixo carbono. O Plano de Negócios 2025–2029 da companhia prevê US$ 16,3 bilhões em iniciativas de transição energética, o equivalente a 15% do Capex total do período e 42% a mais em relação ao plano anterior.