Registro ocorreu durante a COP 28 e visa acelerar a expansão da fonte nos países como forma de enfrentar a questão climática
O Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, assinou, em nome do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a adesão do Brasil à Global Offshore Wind Alliance (Gowa), em cerimônia realizada durante a COP28. A iniciativa é da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), cujo lançamento ocorreu na edição passada da COP.
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O objetivo da aliança é reunir governos, setor privado, organizações internacionais e outras partes interessadas para acelerar a implantação de energia eólica offshore, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da fonte e enfrentar as crises climáticas e de segurança energética no mundo. “O Brasil reconhece a necessidade de acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa. Neste contexto, a energia eólica offshore faz parte do portfólio de soluções viáveis e a Gowa é uma iniciativa necessária. Em colaboração, estamos removendo as barreiras ao desenvolvimento desta nova e promissora fronteira de energia renovável,” afirmou Thiago Barral.
“A expansão da energia eólica offshore é absolutamente fundamental para que o mundo atinja a meta de triplicar as renováveis. O Conselho Global de Energia Eólica está encantado com a ambição estabelecida pelo compromisso da COP28 e a Gowa fornece o conjunto de ferramentas perfeito para implementar ações transformadoras no ritmo que o mundo precisa para permanecer no caminho rumo ao Net Zero. O GWEC vê um enorme crescimento para a energia eólica offshore, com 323 GW construídos até 2030, e a Gowa cria uma comunidade global de partes interessadas para impulsionar a aceleração da energia eólica offshore. A expansão contínua do nosso grupo diversificado e dinâmico de membros dos setores público e privado garante que a Global Offshore Wind Alliance seja um ativo fundamental para tornar a energia eólica offshore uma fonte de energia convencional”, destacou Ben Backwell, CEO do Conselho Global de Energia Eólica.
Para Elbia Gannoum, a adesão do Brasil é um marco para o avanço da regulamentação das eólicas offshore no país. “No Brasil, já estamos com mais de 78 projetos em análise pelo Ibama, o que representa mais de 182 GW de capacidade. O potencial brasileiro para eólica offshore é de 700 GW, isso significa não só um avanço rumo ao NetZero em 2030 como também o impulsionamento de novas tecnológicas que demandam energia renovável, como o hidrogênio verde. Essa adesão, pleiteada pela ABEEólica junto ao MME, garantirá ainda a eficaz implementação da política industrial verde no país”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias.