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Brasil assume protagonismo com pré-sal e nova regulação

O Brasil caminha para ser uma das maiores potências petrolíferas do mundo. Já está entre os dez maiores produtores e, dada a elevada produtividade do óleo explorado na camada pré-sal, pode se tornar a segunda maior fonte de crescimento da produção mundial de petróleo até 2030, só atrás dos Estados Unidos.

“O Brasil tem os recursos petrolíferos ‘offshore’ (no mar) mais produtivos do mundo. Enquanto um poço [no pré-sal] pode ter produtividade de 60 mil barris por dia, no Golfo do México é algo como 12 mil a 13 mil barris por dia. São cinco vezes mais”, disse ao Valor Carlos Pascual, vice-presidente da IHS Markit. “Outra parte fundamental foram as reformas dos últimos dois anos no setor, abrindo a possibilidade de haver outros operadores [no pré-sal], não somente a Petrobras.”


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Às vésperas do megaleilão dos excedentes da chamada “cessão onerosa”, o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, disse ao Valor que, com os recordes sucessivos do pré-sal, o Brasil “veio para ficar”. O economista turco lembrou que a rodada, no dia 6 de novembro, leiloará volumes recuperáveis entre 6 bilhões e 15 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo estimativa da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

“É certamente uma das maiores [reservas] da história do setor”, observou Birol. A expectativa da AIE é que o país acrescente 1,2 milhão de barris diários de óleo à oferta global até 2024, o que representaria aumento de cerca de 45% frente aos níveis produzidos pelo país em 2018, de 2,6 milhões de barris/dia.

Sobre a quebra do monopólio da Petrobras no refino, Birol vê com cautela as expectativas de que a abertura do setor atrairá investimentos em novas refinarias. “Globalmente, vemos poucos investimentos em refino fora da Ásia e Oriente Médio”, informou. Birol está no Brasil para fazer uma palestra sobre a transição energética, hoje, na Offshore Technology Conference (OTC), no Rio. O executivo continua a ver papel relevante para as petroleiras nas próximas décadas, já que o mundo ainda “precisará de petróleo e gás por muitos anos”.

Fonte: Valor






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