A Petrobras devolveu para a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) parte da área de Libra, o megacampo de petróleo no pré-sal. Essa foi a primeira área adquirida no Brasil pelo regime de partilha e fica na Bacia de Santos. Em 2013, quando foi arrematada tinha um volume de óleo recuperável estimado entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris.
A área foi adquirida em consórcio formado entre Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNODC (10%) e CNOOC (10%). A PPSA é a gestora do contrato. Em 2013, as empresas pagaram bônus de R$ 15 bilhões.
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Do megabloco de Libra, só a área Noroeste de Libra foi declarada comercial e rebatizada de Campo de Mero, hoje terceiro maior campo produtor do pré-sal.
Segundo comunicado da Petrobras, a parte ddevolvida fica em uma áerea no sudeste do bloco de Libra. "Desde o início das atividades de avaliação do Bloco de Libra, a área Sudeste, um compartimento distinto das demais, era identificada como área de baixo potencial. A conclusão do processamento dos dados obtidos confirmou esta expectativa", informou a estatal.
A Petrobras disse ainda que a devolução está de acordo com o Plano de Avaliação de Descoberta, que abrange as áreas Central e Sudeste do bloco de Libra. A fase exploratória de avaliação da descoberta dessa área continuará até março de 2025.
No início de abril, a estatal informou que a previsão de início de produção de Mero 1, através do navio-pltaforma (FPSO) Guanabara, foi adiada do quarto trimestre deste ano para o início de 2022. O FPSO será instalado no campo de Mero, pertencente ao Bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, com capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo por dia.
"O FPSO está em conversão na China e em função do cenário de pandemia da Covid-19 houve atraso nas obras da unidade, com consequente ajuste no cronograma", disse a estatal.
Fonte: O Globo