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Contratos de partilha de produção vão contribuir com cerca de US$ 344 bilhões para os cofres públicos até 2032

PPSA projeta receita de US$ 157 bilhões apenas com a comercialização do petróleo da União nos próximos dez anos

Os contratos de partilha de produção vão contribuir com cerca de US$ 344 bilhões para os cofres públicos nos próximos dez anos. A projeção é do estudo “Estimativa de resultados nos contratos de partilha de produção”, elaborado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) e divulgado nesta terça-feira (29) pelo diretor-presidente da empresa, Eduardo Gerk, no 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo. A maior parte deste montante virá da comercialização do petróleo que a União tem direito nos contratos até 2032, que segundo o estudo vai gerar uma arrecadação de US$ 157 bilhões. Os demais recursos virão do pagamento de royalties (US$ 100 bilhões) e dos tributos recolhidos pelas empresas produtoras, totalizando outros R$ 87 bilhões.


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De acordo com o estudo, a produção média de petróleo em regime de partilha de produção dará um salto, saindo dos atuais 668 mil barris por dia (bpd) para aproximadamente 2 milhões de bpd em 2027 e alcançando 2,9 milhões de bpd em 2030, o que representará mais da metade da produção nacional de petróleo e cerca de 2/3 do total produzido no pré-sal naquele ano. Caso não haja novos contratos em partilha de produção, é esperado um declínio desse volume para os dois anos seguintes, chegando a 2032 com 2,5 milhões de bpd. De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 7,7 bilhões de barris produzidos.

A parcela da produção diária destinada à União, calculada a partir da alíquota de oferta de excedente em óleo da União de cada contrato e do limite de recuperação de custo em óleo de cada área, também apresentará crescimento contínuo até 2031, com leve declínio em 2032, pelas mesmas razões. O melhor ano será o de 2031, quando a produção alcançará 920 mil bpd, mais de 40 vezes o volume da produção média diária da União no ano de 2022 (22 mil bpd na média de janeiro a setembro). A produção prevista para a União em 2031 é comparável à produção atual do Reino Unido e superior à de países como Colômbia, Argentina e Venezuela.

“O estudo mostra que, em dez anos, a União terá acumulado 1,9 bilhão de barris de petróleo. Todo esse montante será comercializado pela PPSA. Estamos nos preparando para a escalada da empresa. Ao final desta década, a PPSA estará arrecadando mais de US$ 20 bilhões por ano para os cofres públicos”, explicou Gerk.

Para desenvolver esses contratos, a indústria investirá cerca de US$ 72,5 bilhões ao longo do período estudado. O pico de investimentos está previsto para o ano de 2028, quando serão aplicados US$ 11,3 bilhões. O estudo estima que serão demandados 21 novos FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e 319 poços.

Premissas do estudo

O trabalho foi realizado pela equipe de Planejamento Estratégico da PPSA com a utilização de um modelo de avaliação econômica desenvolvido internamente. Para estimar o preço futuro do petróleo, foi utilizado o cenário de referência da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de outubro de 2022. Para projetar o primeiro óleo, as curvas de produção, os investimentos e custos foram utilizados os Planos de Desenvolvimento existentes e estimativas da equipe técnica da PPSA, eventualmente tendo como análogo um projeto típico do pré-sal.

Para calcular os investimentos, foram adotadas as seguintes premissas: para FPSOs – unidades com capacidade de até 225 mil barris/dia, considerando seus investimentos realizados nos três anos anteriores ao primeiro óleo e no ano do primeiro óleo; para poços - 1 poço exploratório por projeto e 1 par de poços produtor/injetor para cada 24 mil barris de capacidade do FPSO.






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