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Fim do ciclo exploratório explica pouca participação de empresas na rodada de partilha, diz Oddone

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, atribuiu a baixa participação de empresas estrangeiras na 6º Rodada de Partilha do Pré-sal, realizada nesta quinta-feira (07), no Rio de Janeiro, ao encerramento do ciclo exploratório no pré-sal.

De acordo com ele, as companhias estão mudando de foco, deixando de procurar oportunidades exploratórias para se concentrarem na obtenção dos resultados nos investimentos já feitos. Oddone afirmou ainda que, do ponto de vista do poder concedente, a maior parte das regiões dentro do polígono do pré-sal já foram licitadas.


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“O ciclo de atração das empresas estrangeiras no pré-sal está amadurecendo. Hoje as grandes empresas de petróleo já têm um conjunto de blocos exploratórios no pré-sal suficientemente grandes para se preocuparem em assumirem riscos adicionais”, enfatizou Oddone.

As áreas que serão licitadas na 17º Rodada de Concessão, prevista para acontecer próximo ano, já são consideradas de maior risco exploratório. Conforme explicou o diretor, são áreas que nunca foram exploradas, e que estão fora do polígono do pré-sal, na chamada região de fronteira. “São áreas que tem potencial, mas onde nunca foi perfurado um poço. São regiões distantes da costa, com logística difícil”, frisou.

Porém, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, as áreas de petróleo no país ainda continuam atrativas, e as grandes empresas vêm demonstrando interesse em participar dos leilões. Ele afirmou que nos próximos três anos novos certames serão realizados. “O que teremos que proporcionar não é apenas a previsibilidade de realização dos leilões, mas também a governança para que o ambiente de negócios seja atrativo para as empresas, e que a gente tenha a competitividade que não tivemos hoje”, disse.

Apesar de considerar a mudança de ciclo como fator mais importante para pouca presença das empresas no certame, Oddone admitiu que caso os ativos ofertados fossem mais competitivos o ambiente de negócio teria sido favorecido. “Acender essas áreas a condições mais competitivas é sempre uma possibilidade. Gostaríamos que tivesse tido mais participação das empresas”, lamentou.






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